Segue sinopse de um filme que nos emociona e faz refletir sobre nossas ações enquanto pessoa e profissional.
Vale a pena assistir!
Como estrelas na terra, toda criança é especial Direção: Aamir KhanÉ preciso que o espectador esteja atento desde o início do filme, pois a temática já é apresentada nas cenas que precedem a ficha técnica. Ishaan, um garotinho feliz e saudável, de 8 anos de idade, vai sendo oprimido e desrespeitado em sua forma de ser e ver o mundo. Em oposição ao ritmo frenético do universo adulto, em que todos se submetem à ideologia da produção, Ishaan demora-se contemplando as cores e movimentos das ruas, encomprida o sonho na cama, nesse estado fértil entre o sono e a vigília, um sorriso no rosto que pede para ser compartilhado; mas não há tempo para isso.
Na escola, essa opressão ganha cores mais intensas nas humilhações que sofre por parte de professores e colegas. Ele é o aluno problemático, preguiçoso, disperso, que prefere brincar a aprender, insistindo nos erros de escrita e de matemática. Esses constantes fracassos escolares levam o pai a colocar o filho em um internato. Lá, o sofrimento continua. O lema da “nova” escola, entoado com orgulho pelo corpo técnico, é: “Disciplina. Já domamos cavalos selvagens, vamos domar este também”. Ishaan é de imediato identificado como o garoto incapaz de se desenvolver intelectualmente. Pior: ele acaba aceitando esse rótulo, submetendo-se às novas humilhações dos professores sem qualquer reação. Deixa de falar, de desenhar e vai se tornando indiferente a tudo e a todos.
Até que surge um professor que empatiza com Ishaan e, olhando seus cadernos, identifica, para além da preguiça e dispersão, a presença de uma patologia: dislexia. A partir desse momento, o filme toma outro rumo.
Nossa posição tem sido a de questionar esse diagnóstico, em geral feito apressada e inconsistentemente por profissionais da área de saúde e, principalmente, por professores, que não são formados para essa função de diagnosticar doenças. Temos insistido em que não é exatamente a revelação do diagnóstico que muda a vida de quem sofre por suas dificuldades na aprendizagem da escrita, mas os desdobramentos que a sucedem. Por vezes, assumir que a criança possui uma patologia leva pais e profissionais a acolherem e a se relacionarem com ela de modo mais saudável, respeitando sua singularidade. E isso faz toda a diferença. Infelizmente, esta não é a regra e muitos dos diagnosticados disléxicos crescem estigmatizados e, ainda que não queiram, evitam situações letradas, como se não fossem de direito.
Até que surge um professor que empatiza com Ishaan e, olhando seus cadernos, identifica, para além da preguiça e dispersão, a presença de uma patologia: dislexia. A partir desse momento, o filme toma outro rumo.
Nossa posição tem sido a de questionar esse diagnóstico, em geral feito apressada e inconsistentemente por profissionais da área de saúde e, principalmente, por professores, que não são formados para essa função de diagnosticar doenças. Temos insistido em que não é exatamente a revelação do diagnóstico que muda a vida de quem sofre por suas dificuldades na aprendizagem da escrita, mas os desdobramentos que a sucedem. Por vezes, assumir que a criança possui uma patologia leva pais e profissionais a acolherem e a se relacionarem com ela de modo mais saudável, respeitando sua singularidade. E isso faz toda a diferença. Infelizmente, esta não é a regra e muitos dos diagnosticados disléxicos crescem estigmatizados e, ainda que não queiram, evitam situações letradas, como se não fossem de direito.
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