Quantas vezes você já passou por aqui?

quinta-feira, 31 de março de 2011

A difícil arte de educar


Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, perseverança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia, dar amor sem que com isto e em seu nome nos tornemos por demais permissivos, dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados.
É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar, estabelecer regras que devem ser cumpridas, sem que sejamos tiranos, saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isto estimularmos a impunidade.
É importante indicar caminhos, sem que com isto queiramos percorrer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, cada palavra dita (ou omitida), cada mão estendida, cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor.
Quando uma criança chega à escola, já leva uma bagagem de emoções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos em um mundo globalizado, onde a informação chega a cada casa com uma incrível velocidade, por vezes tudo que se tenta passar para uma criança, parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto através da imprensa ou da mídia televisiva.
Educamos através de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não mentir, exigir respeito aos mais velhos, que seja educado, gentil, que use palavras "mágicas", tais  como Bom Dia, Com licença, Obrigado; fale sem que precise gritar, não jogue lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência.
Hoje temos que ser verdadeiros artistas, para conseguir formar um cidadão de bem, sem corrermos o risco de sermos taxados de alienados diante da realidade que nos é mostrada, onde parece que prevalece a impunidade, a falta de caráter, de respeito e de limites.

Fonte: texto de  Isabel C. S. Vargas

quarta-feira, 30 de março de 2011

Educação Infantil: Dicas de brincadeiras para o professor trabalhar com alunos das séries iniciais




O Pulo do Sapo
Marcar no pátio as linhas de partida e chegada. Ao sinal dado, os participantes, em posição de sapo (de cócoras), devem sair pulando até a linha de chegada. Vence aquele que chegar primeiro

Imitando Tartaruga
Escolhem-se quatro jogadores para serem os pegadores. Os jogadores, para evitar serem apanhados, deitam-se de costas no chão, com os braços e pernas para cima imitando uma tartaruga. Quando estiverem na posição da tartaruga, não poderão ser apanhados. Termina a brincadeira quando todas as crianças forem pegas.
crianças forem pegas.
Corrida ao Contrário
Traçam-se duas linhas a uma distância de 10m (sendo uma o ponto de chegada e a outra o de partida). Ao sinal dado, todos os participantes estarão de costas e iniciarão uma corrida. O participante que chegar primeiro deverá voltar correndo de frente até o ponto de partida. Quem chegar primeiro será o vencedor.

Corrida do Cachorrinho
Marcar um ponto de partida e outro de chegada. Os participantes devem imitar a posição de cachorro, alinhando-se na partida. Ao sinal, saem depressa em direção à linha de chegada. Quem chegar primeiro será o vencedor.

Corrida de Dois
As crianças dão as mãos e não podem se soltar. E assim correm, pulando até a linha de chegada. Vencem os dois que primeiro atingirem a linha de chegada.

O Caçador Esperto
Riscam-se dois círculos para colocar os animais: as raposas e os coelhos( dois times com número igual de participantes). No centro, entre os dois círculos, risca-se também um triângulo, onde ficará o caçador. Os animais dos dois times chegam bem perto do caçador. Os que forem pegos pelo caçador passam a ser caçadores nas próximas jogadas, devendo ficar junto ao caçador, dentro do triângulo. A brincadeira continua e no final o time que tiver mais participantes será o vencedor.

Atenção, Olha o Caçador!
As crianças serão separadas em grupos de diferentes animais. Deve haver vários de cada classe, por exemplo: ursos, macacos, coelhos, etc. Desenhar dois círculos em cantos opostos. Uma das crianças será o caçador, ficando entre os dois círculos; o resto dos animais, em outro círculo. O caçador chama o nome de um dos animais e todos os que representam esse animal deverão correr pelo lado oposto. O caçador os perseguirá e, se conseguir, pegar alguém antes que chegue ao círculo, este trocará de lugar com o caçador.

Pique com Bola
Formar um círculo com todas as crianças, com espaço entre elas. Uma será escolhida para ficar no meio do círculo com uma bola. Dado o sinal, a criança jogará a bola para qualquer colega e em seguida sairá do seu lugar. Este toma a bola, corre para o centro do círculo e continua a brincadeira.

Balões voadores
As crianças estarão uma ao lado da outra sobre uma linha marcada no chão. Cada uma receberá um balão de borracha, enchendo-o de ar o máximo possível, segurando com o dedo para não esvaziar. Quando o professor gritar, as crianças devem soltar os balões que voarão e girarão de diversas formas. Será vencedor o dono do balão que cair o mais longe da linha marcada.



terça-feira, 29 de março de 2011

A Hora do Conto: Os três porquinhos


Era uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que viviam felizes e despreocupados na casa da mãe.
A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém, dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe trabalhando sem parar.
Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse:

__Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos.
A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre os três suas economias para que pudessem comprar material e construírem uma casa.
Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos seus filhos:

__Cuidem-se! Sejam sempre unidos! - desejou a mãe.
Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com relação ao material que usariam para construir o novo lar. Cada porquinho queria usar um material diferente.
O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo:
__ Não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas.
O porquinho mais sábio advertiu:
__ Uma casa de palha não é nada segura.
O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite:
__ Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero ter muito tempo para descansar e brincar.
__ Uma casa toda de madeira também não é segura - comentou o mais velho- Como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se proteger?
__ Eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira para me aquecer! - respondeu o irmão do meio- E você, o que pretende fazer, vai brincar conosco depois da construção da casa?

__Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos, que é resistente. Só quando acabar é que poderei brincar. – Respondeu o mais velho.
O porquinho mais velho, o trabalhador, pensava na segurança e no conforto do novo lar.
Os irmãos mais novos preocupavam-se em não gastar tempo trabalhando.
__Não vamos enfrentar nenhum perigo para ter a necessidade de construir uma casa resistente. - Disse um dos preguiçosos.
Cada porquinho escolheu um canto da floresta para construir as respectivas casas. Contudo, as casas seriam próximas.
O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos construiu sua morada. Já estava descansando quando o irmão do meio, que havia construído a casa de madeira chegou chamando-o para ir ver a sua casa.
Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do porquinho mais velho, que construía com tijolos sua morada.
__Nossa! Você ainda não acabou! Não está nem na metade! Nós agora vamos almoçar e depois brincar. – disse irônico, o porquinho do meio.
O porquinho mais velho porém não ligou para os comentários, nem par a as risadinhas, continuou a trabalhar, preparava o cimento e montava as paredes de tijolos. Após três dias de trabalho intenso, a casa de tijolos estava pronta, e era linda!
Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos morando naquela parte da floresta. O Lobo sentiu sua barriga roncar de fome, só pensava em comer os porquinhos.

Foi então bater na porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. O porquinho antes de abrir a porta olhou pela janela e avistando o lobo começou a tremer de medo.
O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o lobo:
__ Vá embora! Só abrirei a porta para o meu pai, o grande leão!- mentiu o porquinho cheio de medo.
__ Leão é? Não sabia que leão era pai de porquinho. Abra já essa porta. – Disse o lobo com um grito assustador.
O porquinho continuou quieto, tremendo de medo.
__Se você não abrir por bem, abrirei à força. Eu ou soprar, vou soprar muito forte e sua casa irá voar.
O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. Até que o lobo soprou um a vez e nada aconteceu, soprou novamente e da palha da casinha nada restou, a casa voou pelos ares. O porquinho desesperado correu em direção à casinha de madeira do seu irmão.
O lobo correu atrás.
Chagando lá, o irmão do meio estava sentado na varanda da casinha.
__Corre, corre entra dentro da casa! O lobo vem vindo! – gritou desesperado, correndo o porquinho mais novo.
Os dois porquinhos entraram bem a tempo na casa, o lobo chegou logo atrás batendo com força na porta.
Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:
__Porquinhos, deixem eu entrar só um pouquinho! __ De forma alguma Seu Lobo, vá embora e nos deixe em paz.- disseram os porquinhos.
__ Então eu vou soprar e soprar e farei a casinha voar. O lobo então furioso e esfomeado, encheu o peito de ar e soprou forte a casinha de madeira que não agüentou e caiu.

Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a casinha do irmão mais velho.
Chegando lá pediram ajuda ao mesmo.
__Entrem, deixem esse lobo comigo!- disse confiante o porquinho mais velho.
Logo o lobo chegou e tornou a atormentá-los:
__ Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar, é só um pouquinho!
__Pode esperar sentado seu lobo mentiroso.- respondeu o porquinho mais velho.
__ Já que é assim, preparem-se para correr. Essa casa em poucos minutos irá voar! O lobo encheu seus pulmões de ar e soprou a casinha de tijolos que nada sofreu.
Soprou novamente mais forte e nada.
Resolveu então se jogar contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada abalava a sólida casa.
O lobo resolveu então voltar para a sua toca e descansar até o dia seguinte.
Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os dois mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora.
__ Calma , não comemorem ainda! Esse lobo é muito esperto, ele não desistirá antes de aprende ruma lição.- Advertiu o porquinho mais velho.
No dia seguinte bem cedo o lobo estava de volta à casa de tijolos. Disfarçado de vendedor de frutas.
__ Quem quer comprar frutas fresquinhas?- gritava o lobo se aproximando da casa de tijolos.
Os dois porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e iam abrir a porta quando o irmão mais velho entrou na frente deles e disse: -__ Nunca passou ninguém vendendo nada por aqui antes, não é suspeito que na manhã seguinte do aparecimento do lobo, surja um vendedor?
Os irmãos acreditaram que era realmente um vendedor, mas resolveram esperar mais um pouco.
O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou:
__ Frutas fresquinhas, quem vai querer?
Os porquinhos responderam:
__ Não, obrigado.
O lobo insistiu:
Tome peguem três sem pagar nada, é um presente.
__ Muito obrigado, mas não queremos, temos muitas frutas aqui.
O lobo furioso se revelou:
__ Abram logo, poupo um de vocês!
Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na mentira do falso vendedor.
De repente ouviram um barulho no teto. O lobo havia encostado uma escada e estava subindo no telhado.
Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual cozinhavam uma sopa de legumes.

O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os porquinho entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do caldeirão de sopa fervendo.
___AUUUUUUU!- Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em direção à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras.
Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e brincar.
Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não agüentando as saudades, foi morar com os filhos.
Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.

DROGAS - Saiba mais e oriente seus filhos

Entenda o efeito e as conseqüências das drogas mais conhecidas no mundo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica droga como "toda a substância que, introduzida em um organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções". O uso constante dessas substâncias pode causar um comportamento compulsivo e a necessidade de aumentar a freqüência do uso, o que caracteriza a dependência.As drogas sempre existiram e muitas delas foram descobertas e usadas no passado de forma legal no tratamento de problemas psiquiátricos como é o caso da cocaína e do LSD. Hoje todo mundo sabe que as drogas fazem mal à saúde e que podem causar danos físicos e psicológicos. Não é à toa que chamamos de "droga" tudo aquilo que não é bom, que não tem qualidade e que não gostamos - "O serviço de tal restaurante é uma droga!", "este produto não presta, é uma droga!" - pois essa é a visão que temos sobre o conceito da palavra "droga": algo que não é bom. O que preocupa não é o conceito, mas sim o efeito que a substância provoca.
O consumidor de droga
A droga no momento que é utilizada não é uma "droga". A droga é boa, causa uma sensação de prazer ou euforia e é aí que mora o perigo. Essa sensação de prazer que faz com que o usuário, sem perceber, aumente a freqüência do uso e quando menos espera, torna-se um dependente químico.
Principais drogas consumidas no mundo:
- Maconha
Droga derivada da planta Cannabis Sativa, na qual o princípio ativo é o THC. A erva é consumida em forma de cigarro chamado de "baseado".  Os efeitos psíquicos variam de acordo com a concentração de THC, mas geralmente causa um profundo estado de relaxamento, calma e vontade de rir. Alguns usuários relatam pânico, angústia e letargia. Apesar de ser a droga ilegal mais consumida no mundo, a maconha causa danos a saúde do usuário. Entre os efeitos físicos pode ocorrer avermelhamento dos olhos, taquicardia, diminuição da capacidade respiratória e, em alguns casos, câncer de pulmão.
- Cocaína
Droga originada da planta Erythroxylon coca existente no Peru, a cocaína pode ser utilizada geralmente via intranasal, mas também pode ser consumida por via oral. É uma droga psicoativa que estimula e vicia, causando dependência rápida. Os efeitos físicos são: aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilatação da pupila, elevação ou diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, perda de peso e apetite são alguns dos efeitos da cocaína.

- Ecstasy
Droga conhecida como a "droga do amor" o ecstasy ou a 3,4 metilenodioximetanfetamina possui efeito estimulante e alucinógeno. É consumida via oral em forma de pastilhas ou inalada em forma de pó. O ecstasy age aumentando a produção de serotonina, (hormônio relacionado ao bem-estar) e diminuindo a reabsorção deste hormônio. Seus efeitos surgem após 20 a 45 minutos e pode causar taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura na boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, reflexos alterados, vontade de urinar, transpiração excessiva, câimbras. Entre os efeitos psíquicos estão: a sensação de intimidade com as outras pessoas, aumento da comunicação, euforia, libido, autoconfiança e despreocupação. Em longo prazo, a  droga ecstasy pode causar depressão, síndrome do pânico, esquizofrenia, perda do autocontrole e dificuldade de memória.
- Crack
Derivado da planta de coca, o crack é uma mistura de cocaína, bicarbonato de sódio, amônia e água destilada, no formato de pedras que são fumadas em cachimbos. O crack é mais consumido que a cocaína por ser muito barato e de efeito rápido. É uma droga que vicia muito rápido e provoca danos irreversíveis a saúde. Ocasiona dependência física e morte devido a sua forte ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco. O crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão, dilatação das pupilas, tremores, excitação. Entre os efeitos da droga estão grande euforia e aumento da auto-estima.

domingo, 20 de março de 2011

Sugestão Literária: A timidez não é um problema


Segue sugestão literária para ser trabalhada com crianças a partir do 3º Ano, do Ensino Fundamental I.

A timidez não é um problema, trata-se de um livro infantil que aborda aspectos do temperamento de crianças introvertidas e suas condutas tímidas, mas que apresenta dicas dando soluções que promovem a auto-estima e caminhos para que se sintam mais à vontade em seu meio social. É, portanto, uma obra com temática que traz mensagens às crianças, familiares e professores a fim de que não considerem a introversão como deficiência ou fraqueza, porém que saibam reconhecê-la como dom e desenvolvê-la de modo que se sintam bem em situações novas, superando os aspectos negativos desse tipo de temperamento.

Autor: J.S. Jackson
Editora  Paulus  - Coleção Terapia Infantil


sábado, 19 de março de 2011

Lições que todo o professor gostaria que os pais soubessem

Como acalmar várias crianças ao mesmo tempo? E ensiná-los a guardar os brinquedos depois de se divertirem? O que fazer para meu filho gostar de ler? Dúvidas como essas não afligem só aos pais, mas também os educadores. Assim,  a  CRESCER pediu uma série de “lições” de diferentes escolas sobre como lidar com questões do dia a dia. Confira e inspire-se para aplicar algumas dessas dicas em casa.  

Guardar os brinquedos
”Brincar é sempre gostoso! Variedade de brinquedos desenvolve a fantasia, estimula a linguagem e a criatividade, mas na hora de guardar... A criança precisa saber que recolher os brinquedos faz parte e é essa ação que vai garantir que tudo esteja no lugar no dia seguinte. Utilize estratégias lúdicas para esse momento, como o “Sr. Barrigão”: a criança carrega o maior número de brinquedos na camiseta, fazendo um barrigão e leva até o local de guardar.”
Acalmar várias crianças ao mesmo tempo
“Há momentos em sala de aula que nos vemos tentando dar instruções às crianças mas elas estão tão agitadas que não somos ouvidos. Nessa hora, brincadeiras e músicas são a chave para mantê-los calmos e atentos. Basta começar a cantarolar “Atenção, concentração, ritmo...”, um conhecido jogo cantado em que todos acompanham o ritmo das palmas. As cantigas, que precisam voltar a fazer parte do repertório da infância, desligam da agitação e conectam a momentos mais tranqüilos. Na escola, convidar meninos e meninas para ouvir uma canção ou cantar restabelece a calma e a ordem no ambiente.”
Fazer atividades em grupo
“Na escola, as atividades geralmente são feitas em grupo. Tanto nos jogos pedagógicos como nas atividades livres e até mesmo na elaboração das rotinas básicas, há pequenas regras a serem seguidas, respeitando as capacidades de cada idade. As crianças aprendem a esperar a vez de participar de uma atividade, observam a maneira do amigo brincar e atuar na brincadeira, aprendem a respeitar o jeito de casa um resolver as questões pendentes. Nos momentos de dificuldades, o professor entra como mediador, auxiliando a solucionar as questões da forma mais democrática possível. Na verdade, tudo isso faz parte do trabalho em equipe. Assim, a melhor forma é pela convivência em grupo e com jogos, atividades coletivas com regras e objetivos em comum e muita conversa.”
Elogiar na medida certa ”Elogiar e estimular é fundamental. Porém, é importante que os comentários de estímulos sejam reais e sem exageros. Há casos em que uma criança não conseguiu realizar determinada tarefa e, mesmo assim, recebe “super elogios” como se a tarefa tivesse sido feita com êxito. É claro que a criança tem consciência e autocrítica para saber se o que fez ficou bom e correto. O estímulo será importante em um momento de dificuldade, até mesmo como forma de ajudar a criança a melhorar, mas deve ser feito de forma mais real, do tipo: “Você está melhorando um pouquinho a cada dia e estou muito feliz com isso. Vamos ver como conseguir melhorar ainda mais?” Neste momento, o importante é ajudar a criança com suas dificuldades criando meios de levá-la a vencer os desafios, sejam comportamentais, emocionais ou de aprendizagem. 

Fonte: http://www.revistacrescer.com.br/


 


segunda-feira, 14 de março de 2011

Algumas dicas para a hora do estudo

- O tipo de mesa e cadeira, o que ele vai querer ter perto, em que local da casa será o cantinho de estudo, seja o que for que vocês criem em casa, convide seu filho para fazer as escolhas com você. Ele vai se sentir mais estimulado a usufruir. 
-  Escolha um local arejado e iluminado, que não tenha atrativos auditivos ou sonoros (como TV, rádio, computador, ou que seja próximo à janela da rua movimentada). Tudo é motivo para desviar a atenção. 
- Mantenha o acesso fácil aos materiais de que ele precisa para fazer a lição, sem ter necessidade de ficar buscando coisas pela casa – porque assim ele vai se distrair. 
- É bom que a lição de casa tenha hora certa, para formar o hábito de estudo. 
-  Você até pode orientar seu filho caso ele precise, mas não conduza a lição, afinal a tarefa (e o aprendizado) não é sua.
 -  A lição de casa é uma maneira eficiente de você acompanhar o aprendizado dele na escola, além de criar um vínculo importante entre vocês a cada novidade.





quarta-feira, 9 de março de 2011

O bom do faz de conta




O escritor Ilan Brenman fala sobre o papel dos contos de fadas na infância
A criança não vive sem o conto de fadas. Por meio da magia das histórias, ela cresce e aprende a compreender o mundo com mais propriedade. É o que disse Ilan Brenman, educador, psicólogo e autor de livros infantis em entrevista à CRESCER. Confira:
CRESCER: Qual é a importância do conto de fadas na infância?
Ilan Brenman: É tão importante para a criança se alimentar do leito materno quanto se alimentar dessas histórias. Uma é a nutrição fisiológica, e a outra é a nutrição da alma, da mente e do espírito. Ela tem que passar por essa experiência. O conto de fadas é algo tão forte que está presente em qualquer lugar do mundo, entre crianças pobres e ricas. É como andar de bicicleta, aprender a nadar ou ter contato com música.
C.: Quando a criança entra em contato com histórias e seres fantásticos, ela também está se desenvolvendo como ser humano?
I.B.: Os contos de fadas contêm rituais de passagem e de amadurecimento. Sempre falam sobre jornadas, desafios que fazem os heróis crescerem, conflitos que aparecem representados pelos personagens maus. E isso está diretamente ligado à vida da criança. O maior sentido da vida dela é crescer, amadurecer, e para isso ela precisa ir para o mundo. Existe a jornada, os obstáculos, as bruxas, os monstros representados por dezenas de pessoas e as fadas, também representadas por outras pessoas. É isso que dá a energia e o fôlego para a criança poder vislumbrar o futuro. O conto é um grande espelho do que a criança vive no seu mundo interno e quando ela se depara com isso acontece um encontro amoroso. Como em qualquer encontro amoroso, existe medo, receio, excitação, tristeza e muito prazer. Esses componentes fornecem uma base fenomenal e elementar para ela entrar tanto no mundo da comunidade humana quanto no mundo do conhecimento, porque flexibiliza a mente e a deixa mais aberta para receber e compreender as coisas que são aprendidas.
C.: Como esse contato com a fantasia pode servir para a vida real?
I.B.: Sem imaginação não existe aprendizagem. Os grandes gênios da humanidade, que construíram coisas extraordinárias, foram sempre pessoas criativas. A capacidade de abstrair tem a ver com imaginação, porque é a imaginação que prepara o terreno para o racional. O conto de fada é uma ferramenta poderosa de elaboração e compreensão do mundo, pois abre canais para a criança pensar sobre as coisas da vida real. E a gente faz isso também, o conto de fadas não existe só no mundo infantil. Se você assiste ao filme Uma Linda Mulher, vê que é a história da Cinderella. Guerra nas Estrelas também é um grande conto de fadas. Então o adulto também faz isso. A roupagem é outra, mas a base é a mesma. As pessoas procuram isso para tentar compreender melhor a realidade.

Fonte: www.revistacrescer.com.br       

             

segunda-feira, 7 de março de 2011

Os internéticos - O mundo virtual fascina, diverte e é muito instrutivo


Com certo exagero, essa é a turma que aprendeu a mexer no mouse quase na mesma época em que tirou a fralda. Por isso, a relação entre a meninada e a tecnologia é inevitável, e pode ser produtiva e saudável se os pais limitarem o tempo no computador e orientarem suas atividades. As crianças têm fascínio pelo mundo virtual e ele pode ser muito útil para seu desenvolvimento. Mesmo quando a preferência é pelos joguinhos. Além de ajudar no desenvolvimento motor (principalmente com os joysticks dos videogames), a internet criou nova forma de comunicação. É ali que as crianças descobrem o mundo, se divertem e fazem novos amigos.
Aos 11 anos, Ana Celina Belotti tem grande intimidade com a internet e está muito bem orientada. Gosta de visitar sites de canais de TV e, entre os games, adora joguinhos como o Lemmings, em que é preciso criar um caminho para o trânsito de bonequinhos. "Para as pesquisas da escola, eu uso o Google", diz, referindo-se à eficaz ferramenta de busca da rede.
O engenheiro de software Marcos Cuzziol compartilha com a nova geração o fascínio e a intimidade com o mundo internético. Ele já desenvolveu dois games infantis e compara o atual estágio da linguagem dos jogos virtuais ao início do cinema, há 100 anos. "Os primeiros filmes eram feitos para assombrar as pessoas, e os games ainda têm esse perfil hoje. Mas eles permitem uma interação que não havia no cinema e que aguça os reflexos e o raciocínio", diz.
Ferramenta Poderosa
Para a psicopedagoga Andréa Almeida Pereira, a internet e os games são uma ferramenta poderosa na aprendizagem e podem estimular a crítica e a reflexão." Mas todo mundo sabe que a rede tem também conteúdos desaconselháveis para a garotada e que boa parte dos games tem enredos violentos. "Cabem aos pais e professores orientarem as crianças para conhecerem sites e games que vão ampliar seus conhecimentos", diz Andréa.
É a mesma a opinião do pediatra Victor Nudelman, do Hospital Albert Einstein, mas ele lembra que o tempo gasto no computador deve ser combinado com a criança. "É preciso cuidado também com a postura correta e com a alimentação", diz, pois as comidinhas rápidas geralmente têm poucos nutrientes e muitas calorias.
Para pesquisar Além dos chamados jogos de combate, com lutas e mortes, outras categorias podem atrair as crianças como os games de corrida, de aventura (com quebra-cabeças e enigmas para superação de obstáculos e obtenção de metas) e de estratégia (com recursos para se atingir um objetivo). Anote as sugestões de especialistas.
- Micromundos (www.microworlds.com), que é um site baseado no programa Logo, de ensino de matemática.
- Jogos:
- Onde Está Carmem Sandiego?, com história de detetives.
- The Incredible Machine, sobre uma geringonça mecânica.
- The Sims, para participar das tarefas de uma família.
- Scooter Challenge, uma corrida de patinetes mundo afora e
- Super Míni Racing, corrida de carros, desenvolvidos por Marcos Cuzziol (informações no site www.perceptum.com).

Fonte:www.revistacrescer.com.br

domingo, 6 de março de 2011

Fantasminhas Camaradas - Os amigos imaginários


Amigos imaginários são um conhecido recurso infantil de minimizar os desafios emocionais. Entenda como se portar caso seu filho crie um para ele
A situação é criada por crianças que querem se sentir mais seguras para lidar com novos desafios
Você já flagrou seu filho conversando sozinho, brincando com alguém invisível? Antes que você se desespere, saiba que isso é completamente natural. Provavelmente ele está na companhia de algum amigo imaginário, o que além de normal, pode ser bastante saudável para crianças, principalmente na faixa etária de 2 a 5 anos.
Não se trata de um distúrbio ou algo parecido. O companheiro fantasma surge no momento em que a criança passa por grandes mudanças, que geram angústia ou estresse, como o nascimento de um irmãozinho, a separação dos pais, a entrada na escolinha, ou a retirada da mamadeira. Independente das inúmeras razões, a dúvida que aparece na cabeça dos pais é uma só: como proceder nessa hora?

Mente criativa
Antes de tudo, o amigo invisível é um recurso valioso que os pequenos utilizam para o seu próprio desenvolvimento. Por não saber lidar com novos contextos, a criança cria este ser imaginário para sentir-se mais segura e enfrentar situações adversas. Costuma ser algo benéfico quando funciona como uma espécie de recurso para que ela consiga compreender e elaborar novos sentimentos, tais como frustração, raiva, medo e angústia.
 Quando o amigo imaginário passa a criar algum tipo de sofrimento real, é hora de se preocupar
De acordo com a psicóloga Beatriz Otero, o amiguinho invisível pode até trazer benefícios, colaborando no autoconhecimento e na comunicação. "A criança utiliza esse recurso também para entrar em contato com seu lado de autoridade e exercitá-lo de forma saudável, dando ordens para seu amigo invisível obedecer, coisa que ela não pode fazer com seus pais", afirma.

Passando dos limites
Aprender a dividir, se autoconhecer e adquirir noções de liderança são boas características. Mas os pais precisam estar atentos ao grau de interferência que este comportamento está exercendo na vida dos filhos. Quando o amigo imaginário passa a criar algum tipo de sofrimento real, é hora de se preocupar. A melhor forma de perceber isso é notar se ele inclui o personagem em todas as suas atividades, se tem dificuldade no contato com outras crianças, ou se passa muito tempo isolado e brincando sozinho, mesmo quando está em grupo.
Esses personagens costumam sumir naturalmente, na medida em que novos métodos para lidar com as situações de estresse são desenvolvidos. Mas em alguns casos, após os 5 anos, o "fantasminha" continua a fazer aparições, o que pode apontar um alto grau de insegurança. "Após os 6 anos, a criança já sabe diferenciar bem fantasia de realidade e possui outros recursos para lidar com seus problemas. Nesse caso, ou mesmo antes disso, se a situação sair do normal, os pais devem procurar ajuda profissional", aconselha a psicóloga.
 
O companheiro invisível costuma surgir em momentos de grandes mudanças

O que fazer?
O ideal é não se desesperar e nem interferir na amizade fictícia. O melhor a se fazer é encontrar uma forma de não repreender a criança, confrontando-a com a realidade. Mas também não se deve incentivá-la, agindo como se o amigo imaginário fosse de carne e osso. Pois ao incentivar, os pais podem alimentar uma confusão na cabeça dos pequenos. E ao repreender, agem como se desvalorizassem um recurso de autodefesa do próprio filho.
No final, o mais recomendado é transmitir aos filhos a sensação de que a coisa toda é encarada como uma brincadeira, que um dia irá acabar. "Os pais devem participar apenas se forem solicitados e perguntar para a criança do que esse amigo gosta, do que não gosta, do que tem medo. Assim poderão entender um pouco melhor o que está se passando com o filho, que responderá através do amigo imaginário".


Fonte: Texto de Marcos de Oliveira