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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hiperatividade Infantil ( TDAH) - Transtorno por déficit de atenção com hiperatividade




O Transtorno por déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) tem três sintomas: hiperatividade, falta de atenção e impulsividade. Trata-se da síndrome da conduta, de origem neurobiológica, mais frequente durante a infância. Estima-se que cerca de 5% da população infanto-juvenil, de 3 a 16 anos, sofre, sendo 3 vezes mais frequente nos homens.
Conhecida por TDAH, é uma patologia que se caracteriza pela existência de três sintomas: hiperatividade (movimento contínuo e superior ao esperado para a idade da criança), falta de atenção e impulsividade. Um transtorno que se produz devido a uma alteração do sistema nervoso central. É hoje, uma das causas mais frequentes do fracasso escolar e de problemas sociais na idade infantil. É uma patologia crônica, altamente genética (75%), mas que se pode diagnosticar e tratar.
 Hiperatividade, falta de atenção e impulsividade
 As crianças que sofrem de TDAH apresentam conduta inapropriada para sua idade. Custa-lhes controlar seu comportamento, suas emoções e pensamentos. Têm uma grande dificuldade para prestar atenção e a concentrar-se. No entanto, nem todas as crianças chegam a experimentar todos os sintomas. Depende muito do tipo de TDAH que tenha.
O fator hereditário influi no seu desenvolvimento chegando a sofrer o problema, 44% das crianças que tiveram pais ou mães hiperativas.
Muitos pais e professores sentem dificuldades para identificar se a criança é portador de TDAH, ou se o que lhe falta é limites, dado que as crianças nesses estados podem apresentar sintomas parecidos.

 Sintomas do TDAH na criança
- Inquietude. Move os pés, mãos e o corpo sem um objetivo claro. Levanta-se, salta e corre quando tem que estar sentado.
- Baixa auto-estima, devido sua impopularidade.

-  Aborrecimento e excitação excessivos e incontroláveis. Não consegue brincar de forma tranquila. Não respeita a vez dos outros. Excita-se e se aborrece com frequência.

- Grau acentuado de impulsividade. Age antes de pensar. Responde antes que terminem a pergunta.

- Falta de concentração. Não atende aos detalhes, nem à organização, nem as instruções.
 
-Falta de persistência. Além de não terminar as tarefas, evita as que necessitam de um esforço contínuo.

 - Dificuldade para organizar-se e manter a atenção.
- Distrai-se com muita facilidade. Esquece-se do que tem que fazer.

 - Surdez fictícia.
Tratamento da hiperatividade infantil

 O TDAH é uma patologia pouco conhecida, difícil de detectar e fácil de confundir. A complicação do tipo neurológico se desencadeia em idades compreendidas entre os 3 e 4 anos, alcançando o nível mais crítico aos 6. Os especialistas apontam que as crianças com hiperatividade não tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para relacionar-se e inclusive fracasso escolar. No entanto, um tratamento contínuo à medida que a criança vá crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e inclusive que se consiga controlar.
A grande dificuldade que apresentam as crianças para atender, selecionar, manter, e controlar a atenção aos estímulos que lhes apresentam, assim como a excessiva agitação que apresentam, justificam a necessidade de uma ajuda e de um acompanhamento profissional. Um especialista ajudará a criança a adquirir hábitos e estratégias cognitivas para que seu desenvolvimento social, familiar, escolar, etc., esteja à altura de suas capacidades.
O tratamento tem como objetivo:
 - Melhorar ou anular os sintomas do transtorno.
 - Diminuir ou eliminar os sintomas associados.
 - Melhorar a aprendizagem, linguagem, escrita, relação social e familiar.

Para isso, o especialista empregará, segundo o caso, informação exaustiva aos pais e professores, tratamento farmacológico (imprescindível em 7 de cada 10 crianças), e tratamento psicopedagógico.
Não se deve esquecer que os pais desempenham papel fundamental durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão muito apoio, compreensão, carinho, e sobretudo muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver seu dia-a-dia com normalidade.

 
Fonte: http://br.guiainfantil.com/hiperatividade-infantil/102-hiperatividade-infantil-tdah.html

 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dislexia - como diminuir os efeitos?


Se seu filho está em processo de alfabetização e encontra bastante dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar fiquem muito atenta: ele pode ter dislexia. A dislexia é um distúrbio hereditário com alterações genéticas que afeta uma área do Sistema Nervoso Central prejudicando o aprendizado da leitura e da escrita em diversos modos e graus.
Esse transtorno de aprendizagem é o de maior incidência em sala de aula e atinge mais meninos do que meninas, na proporção de três garotos para cada garota. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 8% da população mundial é disléxica. O número sobe para 15% em pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Dislexia.
O perfil de uma criança disléxica é aquela que normalmente tem um bom desenvolvimento da fala e adorava ir à escola até o momento em que a professora começou o processo de alfabetização usando as letras e o ditado, o “monstro” dos disléxicos.
Em muitas vezes, os pais acreditam que o rendimento escolar do filho está ruim devido a outros problemas, talvez preguiça ou mesmo má vontade; o filho é tachado de “burrinho” pelos alunos da classe e criticado pelos pais em virtude do baixo aproveitamento na escola, sendo que ele sofre de um problema real e os pais acabam não se dando conta disso.
A criança disléxica demanda mais tempo para ler e escrever, sendo estas tarefas cansativas. A dificuldade com a leitura e escrita deixa a criança insegura, frustrada por não acompanhar seus coleguinhas de sala e deprimida por se sentir para trás.
A dislexia não tem cura, mas tem como ser tratada e acompanhada. Se isso não for realizado desde cedo, os prejuízos dessas dificuldades poderão refletir também na vida profissional quando essas crianças se tornarem adultas.
No entanto, o fato de não haver cura para a dislexia não é motivo para desistir do processo de aprendizagem da linguagem escrita. As crianças disléxicas devem ter o amparo escolar além de um reforço extraescolar  para acompanhá-las.
Cuidados importantes - O tratamento do querido da família deve ser multiprofissional, ou seja, com a assistência de um médico neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e psicólogo. Os professores têm um papel fundamental na vida dessas crianças. Eles devem ter a consciência que é na escola que o aluno desenvolve seu aprendizado e vivencia experiências.
Compreensão e saber quais as limitações de uma criança disléxicas são essenciais para que os educadores ressaltem seus pontos fortes, como a oralidade, e trabalhem os pontos fracos.
Outra boa recomendação: fazer alguma atividade física, de preferência de escolha da criança. Isso pode ajudar na reconquista da sua autoestima, mostrando para a criança que todos têm suas dificuldades e qualidade.
Garantido por lei - De acordo com a Constituição Federal, o disléxico tem direito de receber ajuda nas leituras e de não fazer nada por escrito. As escolas e universidades são autorizadas legalmente a avaliar esses alunos apenas oralmente.
Todos devem ter a ciência de que a criança disléxica possui uma dificuldade de caráter permanente e duradouro, o que não a impede de aprender a ler e escrever, mesmo sendo com algumas dificuldades.
Dicas
Sinais de dislexia em crianças em idade:
- Pré-escolar - falta de atenção, dificuldade em aprender rimas e canções e montar quebra cabeças e fraco desenvolvimento da coordenação motora.
- Escolar - desatenta, dispersa e desorganizada, não grava rimas e alterações, confunde esquerda com direita, tem dificuldade em usar mapas e dicionário, não decora sequências como meses do ano e dias da semana e faz trocas de letras parecidas na hora de escrever (p por b ou d).
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br – texto de   Bruno Rodrigues

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Discalculia do Desenvolvimento


 


Um grande número de crianças, adolescentes e adultos têm atitudes negativas em relação à matemática. Em muitos casos as atitudes negativas podem estar relacionadas à fobia ou ansiedade matemática, podendo, inclusive, ser atribuídas a experiências traumáticas com a aprendizagem desta matéria.
Uma parcela significativa de crianças em idade escolar apresenta, entretanto, dificuldades persistentes na aprendizagem da matemática. Quando as dificuldades persistentes na aprendizagem da matemática não podem ser atribuídas a fatores extrínsecos, tais como déficits intelectuais, neuromotores ou neurossensoriais, nem a dificuldades emocionais, falta de estimulação ou experiências educacionais inadequadas, é realizado o diagnóstico de transtorno específico de aprendizagem da matemática (CID-010 F81.2) ou discalculia do desenvolvimento.
A discalculia do desenvolvimento compromete cerca de 3% a 6% da população em idade escolar, sendo diagnosticada com base em uma avaliação neuropsicológica criteriosa que exclui a influência primária de fatores extrínsecos. Além da exclusão da influência primária de outras causas, o diagnóstico de discalculia do desenvolvimento exige que o déficit seja grave e persistente.
A gravidade pode ser avaliada por meio de teste padronizados de desempenho escolar, tais como o TDE (Teste de Desempenho Escolar). Diversos critérios podem ser adotados. Geralmente o desempenho deve situar-se abaixo do percentil 5 ou deve haver uma discrepância de dois anos entre o nível de desempenho da criança e a série escolar que ela freqüente. Um outro critério frequentemente adotado, é que haja uma discrepância de 1 a 2 desvios-padrões entre o desempenho em matemática e a inteligência da criança.
A persistência das dificuldades é caracterizada pela sua observação em dois momentos distintos com um intervalo de pelo menos um ano, ou então, pela ausência de resposta satisfatória a intervenções psicopedagógicas  bem planejadas e bem conduzidas.
A discalculia do desenvolvimento deve ser diferenciada de uma outra categoria frequente utilizada em pesquisas, as dificuldades de aprendizagem em matemática. Muitos pesquisadores investigam o desempenho de crianças com desempenho baixo em matemática, geralmente abaixo do percentil 25 ou até mesmo do percentil 35, sem caracterizar mais precisamente a etiologia e as características cognitivas associadas. Muitas das crianças com dificuldades de aprendizagem da matemática apresentam discalculia, mas nem todas. As pesquisas ainda não identificaram se existem diferenças qualitativas de desempenho aritmético e cognitivo enre as crianças com dificuldades de aprendizagem da matemática e aquelas com discalculia.
 
 

A discalculia do desenvolvimento consiste, fundamentalmente em uma dificuldade crônica básica de aprender a aritmética. Os sintomas geralmente se manifestam já na idade pré-escolar, quando a criança tem dificuldades para aprender a contar, bem como a utilizar outros conceitos numéricos ou relacionados à estimação de quantidades. Além da dificuldade com a contagem a criança pode ter dificuldades com a aprendizagem dos conceitos (quantificadores) de mais e de menos, pouco ou muito, antes e depois, com a aquisição das noções de tempo e, muitas vezes, também com as noções de espaço.
Uma das características principais dos indivíduos com discalculia é a dificuldade de aprender a tabuada. Algumas crianças simplesmente têm muita dificuldade para memorizar os fatos aritméticos. Estas crianças persistem contando nos dedos, mesmo quando isto não é funcional. Quase todas as crianças aprendem a contar nos dedos. Mas, depois de um certo tempo, a contagem nos dedos é indicativa de dificuldades.
A aritmética é uma área do conhecimento organizada hierarquicamente. A aquisição de novos conhecimentos em aritmética depende da consolidação de conceitos e procedimentos previamente adquiridos. As dificuldades na aquisição dos princípios da contagem retardam a intuição das operações aritméticas elementares. A adição é inferida a partir da contagem. A adição corresponde a contar dois conjuntos em sequência. As outras operações são todas derivadas da adição. A multiplicação consiste em uma adição repetida, enquanto a subtração corresponde ao inverso da adição etc.
A dificuldade na aquisição da tabuada é extremamente incapacitante, muitas vezes impedindo que o indivíduo progrida na aquisição de conceitos e procedimentos mais complexos tais como o valor posicional, essencial à aquisição do sistema arábico, ou os algoritmos de cálculo no sistema arábico.
Os dados de pesquisa indicam que a discalculia do desenvolvimento é uma característica intrínseca ao indivíduo e não resultado da ação de outros fatores. Mesmo em famílias vivendo sob condições de privação cultural, econômica e afetiva é possível identificar algumas crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem da aritmética enquanto seus irmãos têm um desempenho adequado. Estudos com gêmeos também mostra que a herdabilidade da habilidade aritmética é alta.
Estudos com indivíduos portadores de síndromes neurodesenvolvimentais mostram que o fenótipo de muitas síndromes adquiridas ou genéticas se caracteriza por dificuldades relativamente específicas na aprendizagem da aritmética. A síndrome fetal alcoólica é a principal causa ambiental de discalculia do desenvolvimento. Por outro lado, as dificuldades de aprendizagem da aritmética fazem parte do fenótipo de diversas doenças genéticas, tais como hidrocefalia congênica precocemente tratada, síndrome de Williams, síndrome do sítio frágil do cromossoma X em meninas, síndrome de Sotos, síndrome de Prader-Willi, bem como as síndromes de Turner e velocardiofacial.
Estudos com neuroimagem estrutural e funcional em indivíduos com síndromes cujo fenótipo se caracteriza por discalculia mostram que as dificuldades de aprendizagem da matemática podem ser atribuídas a alterações na conectividade, estrutura e função de regiões do córtex parietal, bilateralmente. As lesões destas áreas do córtex parietal, principalmente o sulco intraprarietal bilateralmente, mas também o giro angular esquerdo, são responsáveis pelo surgimento de acalculia em adultos com lesão cerebral. Ou seja, pela perda da habilidade de processar números e calcular.
Os estudos de neuroimagem funcional em crianças com discalculia do desenvolvimento não-associada a síndromes também mostram alterações funcionais em áreas do córtex parietal e suas conexões. Os dados neuropsicológicos, neurocognitivos, a associação com síndromes genéticas e os estudos da herdabilidade das habilidades aritméticas indicam, portanto, que a discalculia do desenvolvimento é uma entidade neurobiologicamente baseada e de origem genética e não uma consequência exclusiva da experiência de vida.
A influência de fatores genéticos não exclui a importância de fatores ambientais, tais como a estimulação pela família, a qualidade da educação ou a atitude do indivíduo em relação à matemática. Nos casos de discalculia associada a síndrome a importância dos fatores ambientais é menor. Nos casos de discalculia não associados a síndromes, cresce a importância dos fatores experienciais.
Na psicologia e medicina contemporâneas se trabalha com um modelo etiológico denominado epigenético. Ou seja, as características fenotípicas individuais, inclusive suas personalidade e habilidades cognitivas, são o produto de um complexo processo de interação entre influências genéticas e ambientais. No caso de síndromes genéticas, geralmente são envolvidos um número relativamente reduzido de genes, de um até cerca de três ou quatro dezenas.
No caso de discalculia não relacionada a síndromes o número de genes envolvidos é muito maior, da ordem de até uma ou duas centenas. Os efeitos de cada um dos genes envolvidos é  pequeno, mas os efeitos vão se adicionando ou, até mesmo, interagindo de formas complexas. No caso da discalculia não-relacionada a síndromes a influência da experiência de vida é maior. As influências genéticas podem ser concebidas como fatores de risco que tornam ou indivíduo mais vulnerável a ter uma dificuldade de aprendizagem. A interação entre os genes e o ambiente atua de forma probabilística na determinação do desfecho final. O fato de um indivíduo ser mais vulnerável a uma dada condição ou comportamento não implica em um determinismo absoluto, apenas em risco. O ambiente pode atuar de diversas formas para reduzir ou amplificar as dificuldades.
O diagnóstico de discalculia do desenvolvimento é extremamente importante. É apenas através do diagnóstico correto que se torna possível planejar e implementar as intervenções necessárias para prevenir ou minorar as consequências negativas da dificuldade em matemática.
A discalculia do desenvolvimento se associa a diversas consequências negativas a longo prazo. Os adolescentes com discalculia persistente apresentam maior frequência de transtornos externalizantes (hiperatividade, comportamento antisocial) ou internalizantes (sintomas de ansiedade, depressão, baixa auto-estima) de comportamento.
A dificuldade crônica de aprendizagem desmotiva o indivíduo e contribui para que ele abane precocemente a escola, reduzindo assim sua qualificação acadêmica e profissional. Em adultos jovens foi observado que as dificuldades persistentes com a matemática são preditivas de menor renda e maior probabilidade de desemprego, mesmo quando a habilidade de leitura é estatisticamente controlada.
Os dados de pesquisa disponíveis indicam, portanto, que a discalculia do desenvolvimento é um transtorno que compromete uma parecela expressiva da população em desenvolvimento e economicamente ativa, revestindo-se de enorme potencial para prejudicar o desenvolvimento, bem-estar e realização pessoal.
A fisiopatologia, ou mecanismos pelos quais as disfunções neuromaturativas predispõem o indivíduo a ter dificuldades de aprendizagem da matemática são o foco de intensas pesquisas no momento. Os dados de pesquisa mostram que a discalculia do desenvolvimento é uma entidade heterogênea, associando-se comorbidamente a uma série de outros transtornos, com diversos mecanismos cognitivos implicados.

Cerca de dois terços das crianças com discalculia apresenta comorbidades, ou seja, a presença simultânea de outras condições neurodesenvolvimentais. As principais comorbidades são com o transtorno do déficit de atenção por hiperatividade (TDAH) e com as dificuldades de aprendizagem da leitura e esrita (dislexia e disgrafia do desenvolvimento). A comorbidade com TDAH indica que déficits nas funções executivas e na memória de trabalho podem ser implicados nas dificuldades. Por outro lado, a associação com dislexia sugere que, em parte, as dificuldades podem ser atribuíveis a deficits no processamento fonológico, principalmente consciência fonêmica.
A discalculia do desenvolvimento tem também uma relação estreita com o transtorno não-verbal de aprendizagem (TNVA). O TNVA compromete cerca de 1% da população em idade escolar e consiste de dificuldades crônicas de aprendizagem caracterizadas por alterações na coordenação motora e processos somatosensoriais, dificuldades visoespaciais e discalculia. As dificuldades no TNVA são atribuíveis a um déficit na capacidade do indivíduo fazer inferências não-verbais que compromete seu desenvolvimento em diversos domínios. Comprometimentos secundários são observados também na área da percepção e auto-regulação emocional e do comportamento e cognição social, constituindo um fator de risco para desadaptação social, incapacidade. O TNVA caracteriza o fenótipo cognitivo das diversas síndromes que incluem a discalculia entre os seus sintomas.
O estudo das comorbidades indica que dificuldades com o controle executivo, memoria de trabalho, habilidades fonológicas e visoespaciasi são todos fatores cognitivos relevantes para a compreensão dos mecanismos cognitivos subjacentes à discalculia. Além destes mecanismos tradicionalmente identificados, uma hipótese contemporânea é que a discalculia do desenvolvimento pode ser parcialmente ou ao menos em alguns casos atribuível a um déficit em um sistema primitivo e não-simbólico de representação de magnitudes (vide post abaixo sobre modelos cognitivos). A pesquisa sobre os mecanismos cognitivos na discalculia é uma questão complexa, desafiadora e extremamente relevante do ponto de vistá prático.
A relevância clínica, educacional e social da discalculia indica que mais pesquisas são necessárias para identificar suas causas, desenvolver métodos de diagnóstico e reconhecimento precoce e, principalmente, programas eficientes de intervenção para reverter ou minorar as dificuldades ou seu impacto.
O desenvolvimento de métodos de diagnóstico e intervenção eficazes requer uma estreita colaboração entre profissionais de saúde e educadores. As pesquisas sobre diagnóstico e intervenção podem se beneficiar da caracterização dos mecanismos cognitivos e genético-moleculares subjacentes às dificuldades.
 

sábado, 30 de abril de 2011

Conheça os principais distúrbios de aprendizagem


Esses distúrbios são difíceis de serem percebido e muito menos identificado, mas os pais precisam verificar as atitudes de seus filhos e verificar como está indo na escola, assim poderão estar a par da vida dos pequenos. Os principais problemas relacionados à aprendizagem são:

Dislexia: que é um distúrbio de aprendizagem ligado a maneira de como a criança processa as letras, números e símbolos. Os sintomas diferentes dependendo da idade, sendo que quando tem de 0 a 3 anos apontam um atraso no desenvolvimento motor, como engatinhar, andar, sentar, falar e etc. Já os mais velhinhos, entre 4 e 7 anos, apresentam uma lentidão na realização dos deveres na escola, como escrever e ler;

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção) trata-se de um transtorno que está ligado ao comportamento do indivíduo, que pode estar relacionados a fatores genéticos ou então externos, como, por exemplo, o uso de medicamentos durante a gestação. Os sintomas comuns deste distúrbio são: falta de atenção, fala em demasia, agitação nos pés e nas mãos, impulsividade e instabilidade emocional;

Discalculia é outro tipo de distúrbio, porém esse é neurológico onde o individuo apresenta dificuldades com números;

Distorgrafia é um distúrbio relacionado aos erros ortográficos e sempre é verificada no terceiro ano do ensino fundamental, pois é nesta fase que a criança consegue lidar com as letras e escrever, onde ela não consegue elaborar textos e possui uma carência no vocabulário;

Autismo é um transtorno que compromete o desenvolvimento psiconeurológico onde afeta a comunicação e o convívio social. É causada normalmente nas crianças do sexo masculino. Crianças que possuem esse distúrbio parecem ser surdas, é insensível a dor, possui dificuldade de se relacionar com outras crianças e é indiferente com as pessoas ao seu redor;

Afasia, que é um distúrbio relacionado à percepção, expressão de linguagem e compreensão. A criança que possui esse distúrbio possui um vocabular pobre e sempre é causada por problemas no sistema nervoso central. Os sintomas são uso excessivo da palavra isso e aquilo, dificuldade na leitura e dificuldade em pronunciar as palavras.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Discalculia: o que é?


A discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.
Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia).
É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido.
Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalcúlico pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalcúlico necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Transtorno do deficit de atenção e hiperatividade


O que é?
A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto.
Quem apresenta?
Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. O diagnóstico antes dos quatro ou cinco anos raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto de crianças maiores. Mesmo assim, algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentaram TDAH na infância permanecem com sintomas na idade adulta, embora que em menor grau de intensidade. Na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais freqüentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um.
Como se desenvolve?
Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido. Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta (mau comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento medicamentoso para os sintomas.
O que causa?
Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionados com o transtorno. Fatores orgânicos como atrasado no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas.
Como se manifesta?
Podemos ter três grupos de crianças (e também adultos) com este problema. Um primeiro grupo apresenta predomínio de desatenção, outro tem predomínio de hiperatividade/impulsividade e o terceiro apresenta ambos, desatenção e hiperatividade. É muito importante termos em mente que um "certo grau" de desatenção e hiperatividade ocorre normalmente nas pessoas, e nem por isso elas têm o transtorno. Para dizer que a pessoa tem realmente esse problema, a desatenção e/ou a hiperatividade têm que ocorrer de tal forma a interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na escola (ou no trabalho, no caso de adultos) e também em casa. Por exemplo , uma criança que "apronta todas" em casa, mas na escola se comporta bem, muito provavelmente não tem hiperatividade. O que pode estar havendo é uma falta de limites (na educação) em casa. Na escola, responde à colocação de limites, comportando-se adequadamente em sala de aula.
No adulto, para se ter esse diagnóstico, é preciso uma investigação que mostre que ele já apresentava os sintomas antes dos 7 anos de idade.
Quais são os sintomas da pessoa com desatenção?
Uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno de déficit de atenção, quando tem a maioria dos seguintes sintomas ocorrendo a maior parte do tempo em suas atividades:
 
- freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
- com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas;
- com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas;
- freqüentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades;
- com freqüência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
- freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
- é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está executando;
- com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias;

Quais são os sintomas da pessoa com hiperatividade?
Uma pessoa pode apresentar o transtorno de hiperatividade quando a maioria dos seguintes sintomas torna-se uma ocorrência constante em sua vida:
 
- freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
- com freqüência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
- freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação);
- com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
- está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
- freqüentemente fala em demasia.

Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos:
 
- freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
- com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;
- freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).

Importância de tratamento médico para os portadores do transtorno.
São vários os motivos que mostram ser de grande importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou o adulto) com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a criança não cresça estigmatizada como o "bagunceiro da turma" ou como ou "vagabundo", ou como o "terror dos professores".
Segundo, para que a criança não fique durante anos com o desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasado em relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva.
Terceiro, é importante fazer um tratamento do transtorno para se tentar minimizar conseqüências futuras do problema, como a propensão ao uso de drogas (o que é relativamente freqüente em adolescentes e adultos com o problema), transtorno do humor (depressão, principalmente) e transtorno de conduta.

Como se diagnostica?
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente em casos duvidosos, como em adultos, mas mesmo em crianças, para o acompanhamento adequado do tratamento.

Como se trata?
O tratamento envolve o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações. Deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola. Além do tratamento medicamentoso, uma psicoterapia deve ser mantida, na maioria dos casos, pela necessidade de atenção à criança (ou adulto) devido à mudança de comportamento que deve ocorrer com a melhora dos sintomas, por causa do aconselhamento que se deve fazer aos pais e para tratamento de qualquer problema específico do desenvolvimento que possa estar associado.
Um aspecto fundamental desse tratamento é o acompanhamento da criança, de sua família e de seus professores, pois é preciso auxílio para que a criança possa reestruturar seu ambiente, reduzindo sua ansiedade. Uma exigência quase universal consiste em ajudar os pais a reconhecerem que a permissividade não é útil para a criança, mas que utilizando um modelo claro e previsível de recompensas e punições, baseado em terapias comportamentais, o desenvolvimento da criança pode ser melhor acompanhado.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dicas de como lidar com crianças hiperativas





Se você é um professor que enfrenta o desafio de uma criança com TDAH, é possível modificar a sala de aula e suas lições de modo que o ambiente seja mais feliz e mais tranqüilo para você, seu aluno com TDAH e as outras crianças da turma.
Aqui vão algumas dicas e sugestões.
Hora da arrumação: Avise com antecedência a criança com TDAH que haverá uma mudança de atividade.
Acerte o alarme do relógio para ela saber quanto tempo tem para sua arrumação.
Seja firme, mas reforce positivamente durante as transições.
Elogiar e premiar se ela conseguir se arrumar e se unir ao grupo antes do alarme soar.
Hora de grupo/história: Sente a criança perto de você.
Permita que ela ajude de alguma maneira (segurando a gravura, passando coisas).
Elogiar e premiar quando ela permanecer junto com o grupo durante o tempo todo, ou mais tempo do que da última vez.
Isto é extremamente difícil, especialmente para crianças com TDAH muito pequenas.

Hora do lanche: Ensinar a criança a ficar no seu lugar até que tenha acabado de comer.
É possível que ela tenha dificuldade, mas terá que aprender a permanecer sentada até terminar a refeição.
Premiar generosamente quando ela finalmente conseguir!
Hora do descanso: Seguir a mesma rotina a cada vez. Designar um local para o descanso e colocar a criança no mesmo lugar a cada vez. Elogiá-la por ficar no seu "cantinho" e permanecer quieta até a hora do descanso terminar.
Muito importante: retirar o maior número que puder de elementos que distraiam.
Se você for preparar uma lição ou falar com outro professor durante o horário do descanso, fazer isto longe das vistas e dos ouvidos da criança.
Manter a classe pequena para evitar excesso de estimulação.
Demonstrar amor, paciência e aceitação.
A criança com TDAH necessita da sua ajuda para focalizar e funcionar.
Estruturar: Crianças com TDAH se desenvolvem extraordinariamente dentro de uma estrutura.
Siga a mesma rotina dentro da sala de aula.
Não ofereça mais de duas atividades ao mesmo tempo.
Elogiar atividades que foram completadas.
É importante ensinar as outras crianças que todos somos diferentes, e que todos devem se ajudar.
Com as crianças mais velhas da Educação Infantil, dramatizar situações em que uma criança precisa de compreensão, gentileza e ajuda amorosa.
Aplicar os conceitos em situações reais da sala de aula.
No trato com todas as crianças, utilizar e exigir gentileza. Por exemplo: "Notei que Joana está sendo uma boa amiga ajudando a Márcia a recolher os lápis de cera que caíram no chão" ou "Gosto do jeito que o José está na fila, sem empurrar.
Obrigada, José" ou "Vocês viram como a Patrícia está quietinha? Patrícia, você acaba de ganhar uma estrela para a sua agenda".
Você é professor de uma criança muito especial.
É muito possível que seu aluno com TDAH seja criativo, inteligente, multi-talentoso e que deseje, acima de tudo, agradar os adultos que o rodeiam.
Ele está habituado ao fracasso e a ser mal compreendido pelos outros.
O que ele precisa é da sua compreensão, sua aceitação e do seu amor. Se for encorajada e receber oportunidades, essa criança tem um grande potencial para o sucesso.



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Transtorno Obssessivo Compulsivo Infantil

O Transtorno obsessivo-compulsivo é a combinação de obsessões e compulsões que nada mais é do que a repetição de atos, rituais, atividades e pensamentos recorrentes e insistentes que se caracterizam por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à índole do paciente.
O quadro clínico do transtorno obsessivo-compulsivo na infância ou na adolescência é bastante semelhante ao do adulto, contudo existem algumas características que diferem do infantil valendo a pena fazer um estudo em separado do assunto. Inciando-se geralmente na infância crianças tentam ocultar seus sintomas, assim como os adultos. É diagnosticado através de um diálogo entre a criança e alguém em quem ela confie e assim não será difícil fazer o diagnóstico. O tratamento precoce minimiza muito o prejuízo causado pelo “TOC” (Transtorno Obsessivo-compulsivo) que prejudica principalmente na educação e na área de relacionamentos.
Este transtorno leva o indivíduo a realizar atos, rituais, pensamentos e atividades que não consegue evitar  e,  quando não realizados, o paciente passa por sintomas físicos, tais como: palpitações, tremores, suor excessivo e uma aflição brutal achando que poderá acontecer algo de ruim para si ou para outras pessoa,s podendo levá-lo a um quadro de depressão.
Na infância o quadro clínico do transtorno é bem semelhante ao do adulto e assim como o adulto, as crianças tentam ocultar os sintomas. Além de prejudicar a educação e o relacionamento das amizades pode se tornar uma doença crônica e limitante.
A criança portadora deste transtorno é presa à seus próprios pensamentos que chamamos de obsessão e repetições de gestos que são as compulsões. Estes pensamentos continuados geram angústia e ansiedade e as ações compulsivas são uma tentativa de controlá-los. Olhar-se no espelho repetidas vezes, por exemplo, tem o objetivo trazido pelo pensamento obsessivo de estar sempre gordo ou magro demais. O paciente quando se olha no espelho passa a angustia temporariamente e logo surge o pensamento novamente, desencadeando novamente as compulsões.
Sintomas:  
  • Qualquer ritual diário de higiene, repetitivo e exagerado.
    • Lavar as mãos
    • Escovar dentes
    • Tomar banho
  • Repetição de ações.
    • Escrever a mesma palavra ou texto.
    • Ler a mesma revista, jornal ou livro.
  • Checagens compulsivas.
    • Tarefa escolar.
    • Arrumação de brinquedos.
  • Contagem
    • Contar as lâminas de uma persiana várias vezes.
  • Simetria
    • Na arrumação de armários.
Na arrumação de brinquedos.
Normalmente, essas manias obsessivas consomem muito tempo, gerando angústia e ansiedade tanto para a criança quanto para seus familiares.
Tratamento
Ao observar os sintomas citados acima  deve-se procurar a orientação de profissionais qualificados, que trabalham com crianças, para fazer o diagnóstico, pois na maioria das vezes, a criança não tomará iniciativa de queixar-se dos sintomas obsessivos compulsivos. O profissional deverá recomendar psicoterapia acompanhada ou não de uso de medicamentos.


Fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/trantorno-obsessivo.htm