Quantas vezes você já passou por aqui?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Amigo Imaginário

De repente você percebe que o seu filho tem um amigo imaginário. O que fazer? Mantenha a calma, isso é normal. De acordo com a Dra. Karina Sauma Resk, especialista em educação infantil, psicologia e pedagogia do Espaço Saúde Guedala, esse é um comportamento comum em todas as crianças, independentemente se são filhos únicos ou se têm poucos ou muitos amigos.
E então as mamães acabam se perguntando o porquê desse amigo imaginário. A Dra. Karina comenta que essa é uma forma que os pequenos encontram para brincarem com alguém que os compreendem plenamente. “O amigo imaginário é o mesmo que a conversa que nós adultos temos com nós mesmos. Os adultos falam consigo sobre seus medos, conflitos e desejos. As crianças materializam essa voz interior criando o amigo imaginário. É o ego auxiliador. Grosso modo, a psique é formada pelo ID, responsável pelo desejo; o superego, responsável pela crítica; e o ego, responsável pelo equilíbrio entre o desejo e a realidade. O amigo imaginário é o ego auxiliador, aquele que ajuda a equilibrar o desejo e a autocrítica para a tomada de decisão”, explica.
Um estudo realizado pelo Instituto da Educação em Londres mostra que cerca de 65% das crianças tiveram um amigo imaginário em algum momento e que isso as tornam mais confiantes e articuladas. A Dra. Karina conta que a idade mais comum na qual essa atitude costuma surgir é a partir dos 3 anos de idade. “É nesse momento que a criança começa a brincar de faz-de-conta”, diz. Ela afirma que as crianças aprendem através da imitação, faz-de-conta, oposição, linguagem e apropriação da imagem corporal.
Portanto, os amigos imaginários não são um grande problema. Contanto que as mamães fiquem de olho no comportamento da criança, essa atitude pode ser benéfica. Segundo a Dra. Karina, após os 10 anos de idade esse amigo imaginário se transforma na voz interior da criança. “No consultório ensino as crianças terem o amigo imaginário e a voz interna. Com ela, a criança nunca está sozinha e sempre está interagindo com alguém, mesmo que seja ela em dois papéis. As crianças se aconselham e discutem sobre vários assuntos com seus amigos imaginários, concluindo qual a melhor atitude a ser tomada e, desempenhando vários papéis sociais ou de personagens, ampliam suas concepções sobre as coisas e as pessoas”, afirma.
Segundo a Dra. Karina, apenas que se o “relacionamento” com o amigo imaginário ficar com uma frequência exagerada, ou seja, se a criança até mesmo deixar de brincar com outras por conta dele aí sim isso pode ser prejudicial. “Outro fator é a idade. O amigo imaginário costuma desaparecer com a idade da criança. Em geral ele permanece aos 4 anos, intensifica aos 6 anos e desaparece por volta dos 9, 10 anos. Entre os 7 para 8 anos, as crianças começam a ter vergonha de brincar publicamente com o amigo imaginário, mas interagem com ele em silêncio e podem levá-lo a todos os lugares que estiverem sem que ninguém perceba. Isso faz parte do processo. É comum e saudável”, relata.
Ela diz que os pais não devem interferir nesse comportamento, se perceberem que está tudo certo. “O processo, exceto os exageros, ocorre naturalmente”, diz. O que ela recomenda é verificar com a escola se há um exagero na frequência com que a criança brinca com o amigo imaginário e se ela está se relacionando normalmente com os outros coleguinhas. A psicóloga ainda deixa uma mensagem: “Nunca  deixe de falar com sua criança interior. É com ela que você deve ter a discussão final para a tomada de suas atitudes.
 Fonte:http://itodas.uol.com.br/mae/65-das-criancas-tem-um-amigo-imaginario-24331.html

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Boas Férias!!!

 
Após um ano de muito esforço e dedicação, chegou a hora de descansar e se divertir a valer!!!
Aproveitem bastante!!!!!

domingo, 25 de novembro de 2012

Bruxismo pode ser causa de dor de cabeça constante


A dor de cabeça aparece diariamente em todos os tipos de pessoa e, também, pelas mais diversas causas. Elas vão desde as mais simples até infecções mais complexas. Além disso, essa dor pode ser ocasionada pelo bruxismo, o que muita gente nem sabe se tem e que pode provocar danos consideráveis à saúde.
Gerson Köhler, especialista em ortodontia e ortopedia facial da Köhler Ortofacial, explica que o bruxismo, em termos médicos, é uma resposta psicofisiológica caracterizada pelo ranger dos dentes sem objetivo funcional. Noites mal dormidas também podem ser resultado desse problema. "O bruxismo noturno é o mais comum e é considerado um dos vários distúrbios que afetam o sono", comenta.
O que acontece é que a pessoa acaba movimentando em excesso a musculatura mastigatória e isso traz alguns malefícios. "A exacerbação é percebida na intensidade e na frequência dos movimentos. Essa tensão muscular exagerada tem como uma de suas consequências o surgimento das dores de cabeça tensionais ao redor do crânio, denominadas tecnicamente como cefaléias tensionais pericranianas. O desconforto é mais forte na área das têmporas", explica.
O bruxismo pode ocorrer tanto de dia quanto à noite e precisa de tratamento. Gerson diz que "ele pode ser detectado pela pessoa que dorme ao lado do portador. Os movimentos produzem ruídos característicos e que denunciam a condição". É pela polissonografia que ele pode ser diagnosticado. Esse exame identifica os distúrbios do sono.
Juarez Köhler, especialista em ortodontia e ortopedia facial, conta que o tratamento do bruxismo, e também das consequências que ele ocasiona, pode ser feito por processos odontológicos, como com a utilização de aparelhos intrabucais, para relaxar a musculatura, e até mesmo com a reorganização da posição dos dentes. Além disso, se for prescrito, o paciente pode ser orientado a tomar alguma medicação para diminuir a ansiedade e tensão. Juarez comenta que essas dores de cabeça afetam mais as mulheres do que os homens. "As mulheres estão mais sujeitas ao estresse emocional do que os homens, aumentando o risco de sofrer com o bruxismo e outros distúrbios que comprometem a saúde geral do organismo. O tratamento é fundamental, pois o bruxismo é extremamente destrutivo para a estrutura dentária, seus tecidos de suporte, as articulações da mandíbula e até para o ouvido", alerta.

Pediatra ensina a tirar a fralda da criança de uma vez por todas


Assim como a chupeta, a fralda é um item um pouco difícil de excluir da vida dos bebês. O hábito acaba fazendo com que eles se acostumem com o fato de fazerem suas necessidades ali, na fralda. Para ensiná-los que o lugar certo do xixi e cocô é na privada, é preciso muita calma, paciência e conversa com eles, além de muita persistência. O ideal é passar por esse momento sem rigidez.
“Não podemos estabelecer  uma regra geral para a retirada da fralda dos bebês, uma vez que muitos fatores estão envolvidos na aquisição do controle esfincteriano, inclusive socioculturais”, comenta a pediatra geral Dra. Raquel Quiles. Ela comenta que o momento para tirar esse hábito das crianças pode ser iniciado quando elas começam a dizer que a fralda está suja, distinguem o xixi do cocô e conseguem chegar ao banheiro para eliminá-los.
Ela diz que o controle das crianças em relação a essas eliminações se dá mais fortemente após os 21 meses, e que antes disso a exclusão do hábito provavelmente não terá sucesso. Fica mais difícil para elas conseguirem controlar a situação. Outro ponto que ela reforça é que mesmo quando já aprenderam a usar o vaso sanitário alguns fatores podem atrapalhar esse momento, como o nascimento de um irmão, a separação dos pais, a ida à escola, entre outros. Nesses casos, consultar um pediatra é uma boa opção. Ele pode ajudar a criança nessa fase de seu desenvolvimento.
Além de conversar com calma com a criança, é preciso despertar o seu interesse, explicando que agora ela deve dizer quando precisar fazer suas necessidades para ir ao banheiro, deixar de usar a fralda. A pediatra diz que deixar a criança ver os pais ou os irmãos usando o vaso sanitário pode ajudar nesse momento.
Ela indica que a fralda diurna seja retirada primeiro, pois durante o dia os pais sempre acompanham as crianças e podem conversar com elas e receber o pedido para ir ao banheiro. “Quando as crianças já têm o controle diurno e já estão conseguindo ficar com a fralda seca à noite, podemos tentar retirar esta”, indica. Para que o uso do vaso sanitário seja feito de maneira adequada, a pediatra diz ser preciso usar os redutores de assento e ter um apoio para os pés da criança, ou optar pelo peniquinho.
Esse processo tem que ser feito aos poucos. A Dra. Raquel reforça que esse momento não pode ser forçado pelos pais. “Durante esse processo de aprendizado do controcontrole das eliminações fisiológicas podem ocorrer escapes. Deve-se, então, conversar com a criança, deixá-la tranquila de que isso faz parte e encorajá-la a conseguir nas próximas vezes”.
Nem sempre a retirada da fralda gera o sentimento de perda para as crianças. “Geralmente elas ficam felizes e querem a retirada das fraldas quando estão prontas para fazê-la”, diz.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Meu filho não sai da frente do computador

Seu filho vive na frente do computador ou do videogame, e você não sabe mais o que fazer para tirá-lo de lá? Não adianta simplesmente proibir, precisa oferecer outras opções
Hoje em dia, a criança nasce com perfil em rede social, sabe mexer no computador com intimidade e facilidade maior do que a maioria dos adultos. Estamos em plena era digital, no meio de vantagens e desvantagens, das facilidades e dos perigos. Ao mesmo tempo que a internet veio para deixar o mundo em nossas mãos e quebrar barreiras, ela ajuda e muito em pesquisas e traz o conhecimento para dentro de nossas casas. Tudo isso com uma gama imensa de diversão. Mas, também, deixou as pessoas cada vez mais distantes da vida real, em relacionamentos virtuais e jogos online que, sem medida e com mau uso, podem promover o individualismo e a exclusão social.

Quantas vezes você chamou seu filho para jantar e ele disse “já vou” ou “tô indo” e nunca chega à mesa do jantar? E quando finalmente ele se senta à mesa, faz seu prato, leva para frente do computador e janta entre garfadas e tecladas? Dessa forma, você pensa: “Isso está demais, faz mal e é hora de colocar um limite nesse comportamento”. No entanto, proibi-lo de usar o computador não é a solução, pelo contrário, é um novo problema porque irá induzi-lo a providenciar outras formas de usar a internet, seja escondido, no celular, em lan houses ou na casa dos amigos. Por consequência, poderá  afastar ainda mais seu filho do convívio familiar, além disso, ele poderá adquirir o péssimo hábito de mentir e enganar para conseguir fazer o que você proíbe. A solução depende de duas atitudes.

Converse e explique: Tudo que é simplesmente proibido parece sem fundamento, capricho, cisma sem um porque. Para que seu filho não pense que você está com pura implicância, é importante explicar os motivos pelos quais acha que realmente não é saudável passar o dia num mundo virtual e que tudo em excesso faz mal.
Proponha outras atividades: Seu filho convencido ou não de que não fará bem ficar o dia todo no computador, precisa de outras atividades, pois se não acessar a internet, ficar sem jogar videogame ou não ter mais nada para fazer, ele acreditará que realmente é a única opção que tem de bom. Essa é a hora que a família deve se unir para fazer passeios e atividades juntos, propor novos entretenimentos, entrar em um curso extracurricular, dar responsabilidades como serviços domésticos para ajudar dentro de casa, etc. Ou seja, sempre aliado à diversão offline.

Boas dicas são: jogos de tabuleiros em família, conversas agradáveis,  presenteá-lo com livros sobre assuntos os quais interessam aos jovens, programar viagens e passeios, incentivar a prática de um esporte ou arte, convidar os amigos de seus filhos para passar uma tarde em sua casa, ajudar no dever de casa e para os menores, as boas e velhas brincadeiras. Essas duas atitudes não só tirarão seu filho do “vício” online, como também o aproximará de você e promoverá uma melhor interação familiar com qualidade de vida.
 
Fonte: http://www.antidoto.blog.br/blogbaby/meu-filho-nao-sai-da-frente-do-computador-2/

Síndrome do Pânico



 
 Muitos são os sintomas da síndrome do pânico, sendo que antes de um diagnostico precipitado, o mais indicado é consultar com um profissional da saúde para que ele faça uma avaliação mais detalhada sobre o seu caso. Alguns sinais são bem característicos do ataque de pânico, que surge com uma série de indícios, já outros sintomas são as consequências desse ataque.
Hoje em dia, ainda é comum que muitos médicos associem alguns casos de transtorno do pânico a outras doenças , seja cardíaca ou neurológica, levando o paciente a um tratamento errôneo. Porém, nem todas as situações podem ser diagnosticadas como Síndrome do pânico, por isso, se faz necessária uma avaliação completa. Assim como qualquer outro problema de saúde, uma medicação errada pode trazer outros problemas para a saúde do paciente.
 Sintomas que Identificam uma Pessoa com Síndrome do Pânico

 O distúrbio do pânico é considerado um transtorno de ansiedade que limita em alto grau a possibilidade do paciente tomar uma atitude, uma vez que entre os sintomas da síndrome do pânico é bastante comum que tenha medo de um novo ataque e venha a morrer. Essas experiências se repetem com determinada frequência, sendo que mesmo um único ataque por mês pode caracterizar o distúrbio. Porém, não é porque você teve um ataque de pânico uma única vez na vida que é considerado um portador do distúrbio.
 Além disso, os ataques de pânico são inesperados. Se você sofrer da síndrome, é comum que esteja fazendo uma atividade qualquer e comece subitamente a sentir um medo crescente que não consegue controlar. O terror toma conta do seu corpo, o seu coração dispara, você se sente sufocado, com tontura, tremores, faltar de ar, e para completar as suas pernas ficam bambas, aparece a sensação de que o ambiente é perigoso, de que você vai morrer ou ter um ataque cardíaco ou derrame, ou mesmo, ficar louco para sempre e perder o controle.
 Para muitas pessoas, é assim que aparece um ataque de pânico, sendo que ele costuma durar cerca de 10 a 20 minutos. É muito raro, mas essas situações podem se estender por até mais de uma ou duas horas. Outros sintomas do distúrbio permanecem e você fica preocupado constantemente com a hipótese de ter outro ataque e de que tudo se repita, como o medo de ficar louco,  a perda do controle ou a morte.
 Na hora do ataque, você também pode suar muito, ter calafrios, se sentir fraco, desamparado, com formigamento nas mãos, pés e rosto, ter a sensação de entorpecimento, bem como dor no peito, náuseas e mudança da pressão arterial. Se além dessa sensação angustiante se somar uma mudança significativa no seu comportamento, como quadros de ansiedade excessiva, é bem provável que você esteja sofrendo da Síndrome do pânico.Os ataques podem acontecer, ainda, durante o sono.

Indícios Diversos Relacionados ao Transtorno do Pânico   

 
 
 
 Se você acha que está passando por quadros de pânico, outras formas de identificá-los são através de sintomas relacionados, porém, eles não são uma regra no comportamento do paciente com Síndrome de pânico. Um desses sintomas é a agorafobia, que é o medo de estar em espaços abertos ou em meio a uma multidão. No entanto, ao contrário de outras fobias, essa não se refere ao medo da multidão em si, porém, ao fato de não conseguir sair do seu meio no caso de necessidade.
 O transtorno do pânico também pode ser acompanhado do alcoolismo e da depressão. O primeiro porque o álcool inibe temporariamente os sintomas de um ataque de pânico, sendo que ele é iminente quando a pessoa não ingere álcool. Já a depressão pode ser um agravante da Síndrome de pânico, relacionado ao estresse do dia-a-dia.
 Por outro lado, alguns sintomas podem se assemelhar a um ataque de pânico, porém, não serem em realidade o distúrbio. Nesses casos estão incluídos os momentos em que você abusa de determinadas substâncias, como álcool, medicamentos ou entorpecentes. Tampouco você está tendo um ataque de pânico no caso de sofrer de hipertireoidismo, que é um distúrbio ligado à atividade da glândula tireoide e pode causar sintomas semelhantes aos mencionados.
 Outros temores que estão relacionados ao distúrbio são no caso de você estar com medo de muitas coisas, que até então eram naturais para você, como sair de casa, dirigir, viajar, bem como ir a lugares com muita gente, mesmo que sejam feiras e no cinema. Existe uma série de outras fobias que, no entanto, devem ser diferenciadas, pois não possuem relação alguma com o transtorno do pânico. Entre elas, está a Fobia Social, quando a pessoa tem medo de ficar exposto a uma situação social temida; fobia específica; transtorno obsessivo-compulsivo; estresse pós-traumático ou ansiedade de separação.
Perfil dos pacientes com Síndrome do pânico
 Estatísticas mostram que está crescendo o número de pessoas que se identificam com o transtorno do pânico, sendo que ele já atinge entre 3 e 6 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Também é mais comum em mulheres, sendo que elas sofrem com o distúrbio duas vezes mais em relação aos homens.
 No entanto, a Síndrome pode surgir em pacientes com qualquer idade, já que ataques foram identificados tanto em crianças como em idosos. Porém, na grande maioria das vezes, o distúrbio inicia no começo da fase adulta, sendo comum que as pessoas estejam na plenitude de sua careira profissional. Elas também costumam serresponsáveis, dedicadas e competentes em demasia no seu trabalho.
 

Fonte: http://www.sindromedopanico.com.br/2012/sintomas-da-sindrome-do-panico/

Discalculia do Desenvolvimento


 


Um grande número de crianças, adolescentes e adultos têm atitudes negativas em relação à matemática. Em muitos casos as atitudes negativas podem estar relacionadas à fobia ou ansiedade matemática, podendo, inclusive, ser atribuídas a experiências traumáticas com a aprendizagem desta matéria.
Uma parcela significativa de crianças em idade escolar apresenta, entretanto, dificuldades persistentes na aprendizagem da matemática. Quando as dificuldades persistentes na aprendizagem da matemática não podem ser atribuídas a fatores extrínsecos, tais como déficits intelectuais, neuromotores ou neurossensoriais, nem a dificuldades emocionais, falta de estimulação ou experiências educacionais inadequadas, é realizado o diagnóstico de transtorno específico de aprendizagem da matemática (CID-010 F81.2) ou discalculia do desenvolvimento.
A discalculia do desenvolvimento compromete cerca de 3% a 6% da população em idade escolar, sendo diagnosticada com base em uma avaliação neuropsicológica criteriosa que exclui a influência primária de fatores extrínsecos. Além da exclusão da influência primária de outras causas, o diagnóstico de discalculia do desenvolvimento exige que o déficit seja grave e persistente.
A gravidade pode ser avaliada por meio de teste padronizados de desempenho escolar, tais como o TDE (Teste de Desempenho Escolar). Diversos critérios podem ser adotados. Geralmente o desempenho deve situar-se abaixo do percentil 5 ou deve haver uma discrepância de dois anos entre o nível de desempenho da criança e a série escolar que ela freqüente. Um outro critério frequentemente adotado, é que haja uma discrepância de 1 a 2 desvios-padrões entre o desempenho em matemática e a inteligência da criança.
A persistência das dificuldades é caracterizada pela sua observação em dois momentos distintos com um intervalo de pelo menos um ano, ou então, pela ausência de resposta satisfatória a intervenções psicopedagógicas  bem planejadas e bem conduzidas.
A discalculia do desenvolvimento deve ser diferenciada de uma outra categoria frequente utilizada em pesquisas, as dificuldades de aprendizagem em matemática. Muitos pesquisadores investigam o desempenho de crianças com desempenho baixo em matemática, geralmente abaixo do percentil 25 ou até mesmo do percentil 35, sem caracterizar mais precisamente a etiologia e as características cognitivas associadas. Muitas das crianças com dificuldades de aprendizagem da matemática apresentam discalculia, mas nem todas. As pesquisas ainda não identificaram se existem diferenças qualitativas de desempenho aritmético e cognitivo enre as crianças com dificuldades de aprendizagem da matemática e aquelas com discalculia.
 
 

A discalculia do desenvolvimento consiste, fundamentalmente em uma dificuldade crônica básica de aprender a aritmética. Os sintomas geralmente se manifestam já na idade pré-escolar, quando a criança tem dificuldades para aprender a contar, bem como a utilizar outros conceitos numéricos ou relacionados à estimação de quantidades. Além da dificuldade com a contagem a criança pode ter dificuldades com a aprendizagem dos conceitos (quantificadores) de mais e de menos, pouco ou muito, antes e depois, com a aquisição das noções de tempo e, muitas vezes, também com as noções de espaço.
Uma das características principais dos indivíduos com discalculia é a dificuldade de aprender a tabuada. Algumas crianças simplesmente têm muita dificuldade para memorizar os fatos aritméticos. Estas crianças persistem contando nos dedos, mesmo quando isto não é funcional. Quase todas as crianças aprendem a contar nos dedos. Mas, depois de um certo tempo, a contagem nos dedos é indicativa de dificuldades.
A aritmética é uma área do conhecimento organizada hierarquicamente. A aquisição de novos conhecimentos em aritmética depende da consolidação de conceitos e procedimentos previamente adquiridos. As dificuldades na aquisição dos princípios da contagem retardam a intuição das operações aritméticas elementares. A adição é inferida a partir da contagem. A adição corresponde a contar dois conjuntos em sequência. As outras operações são todas derivadas da adição. A multiplicação consiste em uma adição repetida, enquanto a subtração corresponde ao inverso da adição etc.
A dificuldade na aquisição da tabuada é extremamente incapacitante, muitas vezes impedindo que o indivíduo progrida na aquisição de conceitos e procedimentos mais complexos tais como o valor posicional, essencial à aquisição do sistema arábico, ou os algoritmos de cálculo no sistema arábico.
Os dados de pesquisa indicam que a discalculia do desenvolvimento é uma característica intrínseca ao indivíduo e não resultado da ação de outros fatores. Mesmo em famílias vivendo sob condições de privação cultural, econômica e afetiva é possível identificar algumas crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem da aritmética enquanto seus irmãos têm um desempenho adequado. Estudos com gêmeos também mostra que a herdabilidade da habilidade aritmética é alta.
Estudos com indivíduos portadores de síndromes neurodesenvolvimentais mostram que o fenótipo de muitas síndromes adquiridas ou genéticas se caracteriza por dificuldades relativamente específicas na aprendizagem da aritmética. A síndrome fetal alcoólica é a principal causa ambiental de discalculia do desenvolvimento. Por outro lado, as dificuldades de aprendizagem da aritmética fazem parte do fenótipo de diversas doenças genéticas, tais como hidrocefalia congênica precocemente tratada, síndrome de Williams, síndrome do sítio frágil do cromossoma X em meninas, síndrome de Sotos, síndrome de Prader-Willi, bem como as síndromes de Turner e velocardiofacial.
Estudos com neuroimagem estrutural e funcional em indivíduos com síndromes cujo fenótipo se caracteriza por discalculia mostram que as dificuldades de aprendizagem da matemática podem ser atribuídas a alterações na conectividade, estrutura e função de regiões do córtex parietal, bilateralmente. As lesões destas áreas do córtex parietal, principalmente o sulco intraprarietal bilateralmente, mas também o giro angular esquerdo, são responsáveis pelo surgimento de acalculia em adultos com lesão cerebral. Ou seja, pela perda da habilidade de processar números e calcular.
Os estudos de neuroimagem funcional em crianças com discalculia do desenvolvimento não-associada a síndromes também mostram alterações funcionais em áreas do córtex parietal e suas conexões. Os dados neuropsicológicos, neurocognitivos, a associação com síndromes genéticas e os estudos da herdabilidade das habilidades aritméticas indicam, portanto, que a discalculia do desenvolvimento é uma entidade neurobiologicamente baseada e de origem genética e não uma consequência exclusiva da experiência de vida.
A influência de fatores genéticos não exclui a importância de fatores ambientais, tais como a estimulação pela família, a qualidade da educação ou a atitude do indivíduo em relação à matemática. Nos casos de discalculia associada a síndrome a importância dos fatores ambientais é menor. Nos casos de discalculia não associados a síndromes, cresce a importância dos fatores experienciais.
Na psicologia e medicina contemporâneas se trabalha com um modelo etiológico denominado epigenético. Ou seja, as características fenotípicas individuais, inclusive suas personalidade e habilidades cognitivas, são o produto de um complexo processo de interação entre influências genéticas e ambientais. No caso de síndromes genéticas, geralmente são envolvidos um número relativamente reduzido de genes, de um até cerca de três ou quatro dezenas.
No caso de discalculia não relacionada a síndromes o número de genes envolvidos é muito maior, da ordem de até uma ou duas centenas. Os efeitos de cada um dos genes envolvidos é  pequeno, mas os efeitos vão se adicionando ou, até mesmo, interagindo de formas complexas. No caso da discalculia não-relacionada a síndromes a influência da experiência de vida é maior. As influências genéticas podem ser concebidas como fatores de risco que tornam ou indivíduo mais vulnerável a ter uma dificuldade de aprendizagem. A interação entre os genes e o ambiente atua de forma probabilística na determinação do desfecho final. O fato de um indivíduo ser mais vulnerável a uma dada condição ou comportamento não implica em um determinismo absoluto, apenas em risco. O ambiente pode atuar de diversas formas para reduzir ou amplificar as dificuldades.
O diagnóstico de discalculia do desenvolvimento é extremamente importante. É apenas através do diagnóstico correto que se torna possível planejar e implementar as intervenções necessárias para prevenir ou minorar as consequências negativas da dificuldade em matemática.
A discalculia do desenvolvimento se associa a diversas consequências negativas a longo prazo. Os adolescentes com discalculia persistente apresentam maior frequência de transtornos externalizantes (hiperatividade, comportamento antisocial) ou internalizantes (sintomas de ansiedade, depressão, baixa auto-estima) de comportamento.
A dificuldade crônica de aprendizagem desmotiva o indivíduo e contribui para que ele abane precocemente a escola, reduzindo assim sua qualificação acadêmica e profissional. Em adultos jovens foi observado que as dificuldades persistentes com a matemática são preditivas de menor renda e maior probabilidade de desemprego, mesmo quando a habilidade de leitura é estatisticamente controlada.
Os dados de pesquisa disponíveis indicam, portanto, que a discalculia do desenvolvimento é um transtorno que compromete uma parecela expressiva da população em desenvolvimento e economicamente ativa, revestindo-se de enorme potencial para prejudicar o desenvolvimento, bem-estar e realização pessoal.
A fisiopatologia, ou mecanismos pelos quais as disfunções neuromaturativas predispõem o indivíduo a ter dificuldades de aprendizagem da matemática são o foco de intensas pesquisas no momento. Os dados de pesquisa mostram que a discalculia do desenvolvimento é uma entidade heterogênea, associando-se comorbidamente a uma série de outros transtornos, com diversos mecanismos cognitivos implicados.

Cerca de dois terços das crianças com discalculia apresenta comorbidades, ou seja, a presença simultânea de outras condições neurodesenvolvimentais. As principais comorbidades são com o transtorno do déficit de atenção por hiperatividade (TDAH) e com as dificuldades de aprendizagem da leitura e esrita (dislexia e disgrafia do desenvolvimento). A comorbidade com TDAH indica que déficits nas funções executivas e na memória de trabalho podem ser implicados nas dificuldades. Por outro lado, a associação com dislexia sugere que, em parte, as dificuldades podem ser atribuíveis a deficits no processamento fonológico, principalmente consciência fonêmica.
A discalculia do desenvolvimento tem também uma relação estreita com o transtorno não-verbal de aprendizagem (TNVA). O TNVA compromete cerca de 1% da população em idade escolar e consiste de dificuldades crônicas de aprendizagem caracterizadas por alterações na coordenação motora e processos somatosensoriais, dificuldades visoespaciais e discalculia. As dificuldades no TNVA são atribuíveis a um déficit na capacidade do indivíduo fazer inferências não-verbais que compromete seu desenvolvimento em diversos domínios. Comprometimentos secundários são observados também na área da percepção e auto-regulação emocional e do comportamento e cognição social, constituindo um fator de risco para desadaptação social, incapacidade. O TNVA caracteriza o fenótipo cognitivo das diversas síndromes que incluem a discalculia entre os seus sintomas.
O estudo das comorbidades indica que dificuldades com o controle executivo, memoria de trabalho, habilidades fonológicas e visoespaciasi são todos fatores cognitivos relevantes para a compreensão dos mecanismos cognitivos subjacentes à discalculia. Além destes mecanismos tradicionalmente identificados, uma hipótese contemporânea é que a discalculia do desenvolvimento pode ser parcialmente ou ao menos em alguns casos atribuível a um déficit em um sistema primitivo e não-simbólico de representação de magnitudes (vide post abaixo sobre modelos cognitivos). A pesquisa sobre os mecanismos cognitivos na discalculia é uma questão complexa, desafiadora e extremamente relevante do ponto de vistá prático.
A relevância clínica, educacional e social da discalculia indica que mais pesquisas são necessárias para identificar suas causas, desenvolver métodos de diagnóstico e reconhecimento precoce e, principalmente, programas eficientes de intervenção para reverter ou minorar as dificuldades ou seu impacto.
O desenvolvimento de métodos de diagnóstico e intervenção eficazes requer uma estreita colaboração entre profissionais de saúde e educadores. As pesquisas sobre diagnóstico e intervenção podem se beneficiar da caracterização dos mecanismos cognitivos e genético-moleculares subjacentes às dificuldades.
 

sábado, 17 de novembro de 2012

Distúrbios de Ansiedade


A ansiedade é considerada um distúrbio quando ela ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais do indivíduo. Os distúrbios de ansiedade são o tipo mais comum de distúrbios psiquiátricos.
O que é ansiedade ?
A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade.
 
Como é a ansiedade normal?
A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação etc. Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente. Alguns indivíduos apresentam apenas sintomas cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva. A sensação de ansiedade pode ser dividida em dois componentes:
  1. a consciência de sensações físicas, e
  2. a consciência de estar nervoso ou amedrontado.
Quando a ansiedade é anormal?
A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, traz prejuízo ao seu bem estar e ao seu desempenho e não permite que ele se prepare e enfrente as situações ameaçadoras.
 
Qual a diferença entre medo e ansiedade?
 
A diferença entre medo e ansiedade é questão teórica. Como citado anteriormente, a ansiedade é uma sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não. Já o medo, que também é uma reação normal, difere da ansiedade porque é ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. Um exemplo é o medo de assalto. Todos evitamos as situações que possam nos deixar mais vulneráveis.
 
 
O que é a fobia?
A fobia envolve uma ansiedade persistente, intensa e irrealística, em resposta a uma situação específica, como por exemplo altura. A pessoa fóbica evita a situação que desencadeie a sua ansiedade ou suporta-a com grande sofrimento. Entretanto, ela reconhece que sua ansiedade é excessiva e consciente que tem um problema. Uma fobia é caracterizada por:
  1. Medo excessivo, imensurável de um objeto ou situação;
  2. Comportamento de esquiva em relação ao objeto temido;
  3. Grande ansiedade antecipatória quando próximo do objeto em questão; e
  4. Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica.
O que causa uma fobia ?
Existem diversas teorias para o aparecimento de uma fobia como a psicanalítica, a comportamental, a existencial e a biológica.
Segundo as teorias psicanalíticas, a fobia é um sinal para o ego de que um instinto inaceitável está exigindo representação e descargas conscientes (sintomas de ansiedade ou fobias). A ansiedade desperta o ego para que tome medidas defensivas contra as pressões interiores. Se a repressão não for bem sucedida, outros mecanismos psicológicos de defesa podem resultar em formação de sintomas.
Segundo as teorias comportamentais, a fobia é uma resposta condicionada a estímulos ambientais específicos. Uma pessoa pode aprender a ter uma resposta interna de ansiedade após uma experiência negativa ou imitando respostas ansiosas de seu meio social. A teoria cognitiva da fobia sugere que padrões de pensamentos incorretos, distorcidos, incapacitantes ou contra-producentes acompanham ou precedem os comportamentos desadaptados. Os pacientes que sofrem de fobia tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação e a subestimar suas capacidades para lidar com ameaças percebidas ao seu bem-estar físico ou psicológico.
De acordo com as teorias existenciais, as pessoas ficam fóbicas ao se tornarem conscientes de um profundo vazio em suas vidas. A ansiedade é a resposta a este imenso vazio de existência e significado.
Pelas teorias biológicas, a fobia é definida como uma função mental e essas teorias criam hipóteses para sua representação cerebral. Essas teorias são baseadas em medições objetivas que comparam a função cerebral de pessoas normais com indivíduos com fobias, principalmente através do uso de medicamentos ansiolíticos (tranqüilizantes). É possível que certas pessoas sejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de um transtorno de ansiedade, com base em uma sensibilidade biológica. Os três principais neurotransmissores associados às fobias são a noradrenalida, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a serotonina.
 
Quais são os principais distúrbios de ansiedade?
Os principais distúrbios de ansiedade são: ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou problemas médicos, ataque de pânico, distúrbio do pânico, distúrbios fóbicos (agorafobia, fobia social, fobia generalizada etc.), transtorno obsessivo-compulsivo.
 
O que é o distúrbio de ansiedade generalizada?
O distúrbio de ansiedade generalizada é a ansiedade e preocupação excessiva, quase que diária, sobre uma série de atividades ou eventos, e que dura 6 meses ou mais. A ansiedade e a preocupação são intensas e de difícil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como dinheiro, saúde etc. Nesse distúrbio, pelo menos três dos seguintes sintomas estão presentes: inquietação, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e sono de má qualidade. O tratamento é realizado com a a associação de medicamentos (antidepressivos ou benzodiazepínicos) e psicoterapia comportamental.
 
O que é a ansiedade induzida por drogas ou doenças?
Neste distúrbio, a ansiedade é decorrente de problemas médicos ou uso de drogas lícitas ou ilícitas. As doenças que podem causar ansiedade são: infecções cerebrais, doenças do labirinto, distúrbios cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias), distúrbios endócrinos (hiper-atividade das glândulas tireóide ou supra-renal) e distúrbios respiratórios (asma, doença obstrutiva crônica do pulmão). Entre as drogas que podem causar ansiedade têm-se: álcool, cafeína, cocaína e diversas drogas medicamentosas. A ansiedade também pode ser causada quando se para de tomar determinados medicamentos ou drogas ilícitas.
 
Quais são os principais distúrbios fóbicos?
Os principias disturbios fóbicos são agorafogia, transtorno do estresse pós traumático, fobia social, fobias específicas.
 
O que é a agorafobia?
O termo "agorafobia" significa medo de lugares abertos. Na prática clínica designa medo de sair de casa ou de situações onde o socorro imediato não é possível. O termo, portanto, refere-se a um grupamento inter-relacionado e freqüentemente sobreposto de fobias que abrangem o medo de sair de casa, medo de entrar em lugares fechados (aviões, elevadores, cinemas etc.) multidões, lugares públicos, permanecer em uma fila, viajar de ônibus, trem ou automóvel, de se distanciar de casa e de estar só em uma destas situações. A agorafobia é uma complicação freqüente no transtorno de pânico, onde todas as situações temidas têm em comum o medo de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato.
 
O que é a fobia social ou transtorno de ansiedade social?
A fobia social é o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas. Uma característica importante da fobia social é a ansiedade antecipatória e o sofrimento durante a exposição.
 
O que são fobias específicas?
São fobias restritas a situações altamente específicas, como determinados animais, altura, trovão, escuro, espaços fechados, visão de sangue ou medo de exposição a doenças específicas. Apesar de a situação temida ser limitada, a iminência ou o contato com ela pode provocar um ataque de ansiedade aguda. Fobias específcias surgem na infância e podem persistir por toda a vida se permanecerem sem tratamento, como ocorre na maioria dos casos. O tratamento indicado é a terapia comportamental, com uso de técnicas como a dessensibilização ou "flooding", associadas a técnicas de relaxamento. Em alguns casos, o uso de benzodiazepínicos, por período limitado, pode ser útil.
 
O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?
É um distúrbio de ansiedade que se desenvolve em pessoas que experimentaram estresse físico ou emocional de magnitude suficientemente traumática para um ser humano comum.
As principais características deste distúrbio são:
  1. a re-experiência do trauma através de sonhos e pensamentos em vigília ("flash back");
  2. torpor emocional para outras experiências relacionadas; e
  3. sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas.
A ansiedade e depressão estão comumente associadas e a ideação suicida pode ocorrer. Como exemplo, há as experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro, acidentes sérios etc. Fatores predisponentes, como traços de personalidade ou presença de outros transtornos mentais, podem facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu curso, mas não são necessários nem suficientes para explicar a sua ocorrência. O início do quadro segue o trauma com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses, raramente excedendo a 6 meses. O curso é flutuante e a recuperação ocorre na maioria dos casos. O tratamento com psicoterapia de orientação psicanalítica, terapia cognitiva e a associação a psicofármacos, ansiolíticos ou antidepressivos, conforme a síndrome predominante, parecem trazer bons resultados.
 
O que é o transtorno-obsessivo compulsivo?
O Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou simplesmente TOC, é uma doença crônica caracterizada pela presença involuntária e intrusiva de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, sentimentos, idéias, impulsos ou representações mentais vividos como intrusos e sem significado particular para o indivíduo. As obsessões mais comuns são as de limpeza e contaminação (por sujeira e doenças), verificação, escrupulosidade (moralidade), religiosas e sexuais.
 
 
Bibliografia - Temas Relacionados:
Fobia Social, por Dr. Antonio Egidio Nardi
Transtorno do Pânico, por Dr. Antonio Egidio Nardi
Transtorno Obsessivo-Compulsivo, por Dr. Eurípedes Miguel

Meu filho está de recuperação. E agora?



Seu filho não foi bem nos estudos e corre o risco de repetir de ano? Veja como você pode ajudá-lo a superar esta fase.
“Trata-se de um período em que o tempo parece não ser mais um aliado. A insegurança e as incertezas sobre os resultados tendem a dominar as emoções nessas horas que separam os estudos das avaliações finais. A “temperatura sobe” e invariavelmente os pensamentos pessimistas prevalecem sobre as esperanças. Se porventura é assim que o aluno se encontra, hora de controlar os ânimos, arregaçar as mangas e estudar com foco e sabedoria”, ensina Laércio Carrer, professor de um conceituado Colégio em São Paulo e coordenador pedagógico do ensino fundamental II.Depois de um ano com muitas aulas, provas e trabalhos, chegaram as tão merecidas férias da garotada. Será mesmo? Nem todos os alunos poderão curtir como gostariam, pois muitos deles não tiveram um bom desempenho ao longo do ano e agora estão de recuperação. Como os pais devem apoiar os filhos?
A seguir, ele dá algumas dicas tanto para ajudar os alunos em recuperação, como para os pais participarem mais da vida acadêmica dos filhos:
Mais rigor e menos rancor
“O aluno precisa reconhecer que o período de Recuperação pode propiciar a retomada de conteúdos que não foram devidamente assimilados durante o ano. Nesse sentido, a Recuperação deve ser entendida como uma possibilidade a mais de crescimento e não um castigo ou punição”.
Dedicação e Tranquilidade
“O estudante deve organizar o tempo e as condições de estudo. Separar o material necessário; repassar os conteúdos selecionados pelos professores e procurar manter-se equilibrado emocionalmente. Quanto mais tenso, menor a capacidade de entender e absorver as informações. Caso necessário, fazer uma breve interrupção quando mudar de tema estudado ou disciplina. Compreender o que se está estudando é fundamental”, diz o professor.          
Não minta para você mesmo
 “Estude com convicção e determinação. Não faça de conta que está estudando e não tente apenas provocar compaixão naqueles que estão a sua volta. Seja sincero com a sua responsabilidade. Caso tenha dificuldades com determinados assuntos, procure ajuda com os colegas de classe, educadores ou com os pais. Não deixe de participar das aulas e atividades programadas no período de Recuperação. São momentos preciosos onde os professores procuram reforçar conceitos fundamentais e chamar a atenção dos alunos sobre os temas essenciais. 
Pais: presença significativa

“É importante acompanhar e supervisionar o ritmo de estudos dos filhos nessa reta final. Observar se a preparação está compatível com o grau de exigência solicitado. Ter clareza de que os períodos destinados ao lazer, uso da internet e afins de seus filhos deverão ser reduzidos para que possam se dedicar mais aos trabalhos educativos.
Além disso, os pais precisam compreender que o período de Recuperação não é momento de “acerto de contas”, ou seja, nessa fase não é recomendável que se critique ou se repreenda a eventual falta de empenho do estudante ao longo do ano. Deixe para fazer uma reflexão após os resultados. No instante da Recuperação é fundamental harmonizar esforços e sentimentos. Quanto mais os pais estiverem afinados com seus filhos, maiores serão as chances de sucesso.
Conseguindo ou não o resultado desejado, o percurso e a postura escolar deverão ser devidamente analisados para que se possa crescer e aprender com a situação. A maturidade também é um processo que precisa ser respeitado. Cada aluno tem o seu ritmo e sua capacidade de assimilação”, finaliza Laércio Carrer.

Fonte: http://www.chrisflores.net/educacao/4/materia/1363/meu-filho-esta-de-recuperacao-e-agora.html

Dia da Consciência Negra e o herói chamado Zumbi


Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.
O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital era Macaco, na Serra da Barriga.
A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.
O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

Fonte:http://www.brasilescola.com/sociologia/dia-consciencia-negra-heroi-chamado-zumbi.htm

Proclamação da República



O  processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.

Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.

Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.

Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.

O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.

No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.

A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.

O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.


Fonte: http://www.brasilescola.com/historiab/proclamacaodarepublica.htm

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Exercício para elevar a baixa auto-estima

O QUE É AUTO-ESTIMA?

AUTO
significa uma forma da pessoa se referir a si própria.
ESTIMA é o sentimento do bem querer, do respeito, da admiração, da alegria em sentir, em valorizar com dignidade, com afeto e com compaixão.

AUTO-ESTIMA portanto, é quando alguém se vê como uma pessoa digna de ser amada, respeitada e valorizada, antes e acima de tudo, por si própria.

BAIXA AUTO-ESTIMA é quando este sentimento está abalado, destruído, impotente ou mesmo falido.

É quando você acha que todos são melhores do que você e que sua vida não vale mais a pena. Todos são mais felizes, mais bem sucedidos, mais capazes. No popular, é quando você está se sentindo por baixo. O que fazer?

Primeiro: pare de se comparar com os outros. Nenhuma impressão 
digital é igual a outra. Você também é única.

Segundo: desligue os programas da mídia que mostram para você homens e mulheres moldados para consumo. Você não é um carro que precisa mudar de modelo todos os anos para ser consumido. Você é um ser humano dotado de corpo, alma e espírito. Faça isso valer sobre os que querem transformar você em uma marionete.

Terceiro: procure se relacionar com pessoas que aceitam você exatamente como você é. Não minta para você mesma, não represente o que não é, não tente agradar os outros. Seja autêntica e realista. Só a verdade liberta.

Se quiser pode obter ajuda fazendo este exercício com imagens mentais durante 21 dias, três vezes ao dia: ao acordar, antes de almoçar e antes de dormir. Eles são rápidos, instantâneos.
Siga as instruções que foram dadas anteriormente e ponha a sua atenção na intenção deste exercício.

O NASCIMENTO DA AUTO-ESTIMA:

Veja, sinta, perceba, imagine ou faça de conta que você está sentado sobre um baú no meio de um deserto. Olhe ao seu redor e veja que o céu esta cinzento e que a terra está seca e desnutrida. Saiba que este deserto representa você.
Respire uma vez e abra a tampa deste baú. Imagine-se tirando de dentro dele sementes que você jogará ao seu redor e cada vez mais alto e mais longe. Veja surgir flores, árvores, pássaros, rios. Olhe o céu azul e veja o sol brilhando sobre você. Sinta a sua transformação e um novo ser nascendo de você.
Desperte para a luz e para a alegria de amar-se definitivamente.
Respire e abra os olhos!!!
 
 
 

O que fazer na véspera da prova do ENEM?

Existe uma preocupação muito grande, sobre o que fazer à véspera da prova do Enem ou de qualquer outro vestibular. Há várias teorias existentes por ai. Tem pessoas que preferem estudar outras que não acham necessário, tem as que acham que tem que estudar até a hora de entrar na sala, enfim cada pessoa tem uma forma de encarar as vésperas de prova. Vamos aqui dar algumas dicas sobre como proceder nesses dias que antecedem o exame.
Especialistas dizem que na última semana de estudos (uma semana antes da prova), é importante que se realize exercícios para fixar, o conteúdo estudado e identificar alguns pontos que ainda precisem melhorar. Nessa última semana, não é legal tentar aprender nenhum conteúdo nem ficar brincando de adivinho para ver o que cai na prova. Realizar exercícios ajuda a entrar no ritmo da prova. Além do que mais a resolução de questões pertinentes ao tema de estudo proporciona ao candidato maior segurança e confiança em si mesmo. Facilita ainda a aplicação do conteúdo na hora da prova.
Para um dia antes da prova a recomendação é de que, caso o candidato trabalhe, se puder tire um dia de folga, para poder descansar. Alimente-se bem, ingira alimentos que o ajudarão a lembrar o que estudou. Tome bastante água. Durma cedo na noite antes da prova, uma boa noite de sono fará você ter mais disposição para outro dia. No dia da prova, alimentos leves são recomendados. Leve uma garrafinha de água, barrinha de cereal ou um chocolate, são alimentos de rápida digestão que entram na corrente sanguínea, aumentando sua energia. Mantenha a calma, não fique nervoso (a), isso só vai te atrapalhar. O que você tinha que fazer (estudar) já fez, agora relaxa, leia com muita atenção a todas as questões. O resultado é consequência.