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quinta-feira, 7 de março de 2013

Dislexia - como diminuir os efeitos?


Se seu filho está em processo de alfabetização e encontra bastante dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar fiquem muito atenta: ele pode ter dislexia. A dislexia é um distúrbio hereditário com alterações genéticas que afeta uma área do Sistema Nervoso Central prejudicando o aprendizado da leitura e da escrita em diversos modos e graus.
Esse transtorno de aprendizagem é o de maior incidência em sala de aula e atinge mais meninos do que meninas, na proporção de três garotos para cada garota. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 8% da população mundial é disléxica. O número sobe para 15% em pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Dislexia.
O perfil de uma criança disléxica é aquela que normalmente tem um bom desenvolvimento da fala e adorava ir à escola até o momento em que a professora começou o processo de alfabetização usando as letras e o ditado, o “monstro” dos disléxicos.
Em muitas vezes, os pais acreditam que o rendimento escolar do filho está ruim devido a outros problemas, talvez preguiça ou mesmo má vontade; o filho é tachado de “burrinho” pelos alunos da classe e criticado pelos pais em virtude do baixo aproveitamento na escola, sendo que ele sofre de um problema real e os pais acabam não se dando conta disso.
A criança disléxica demanda mais tempo para ler e escrever, sendo estas tarefas cansativas. A dificuldade com a leitura e escrita deixa a criança insegura, frustrada por não acompanhar seus coleguinhas de sala e deprimida por se sentir para trás.
A dislexia não tem cura, mas tem como ser tratada e acompanhada. Se isso não for realizado desde cedo, os prejuízos dessas dificuldades poderão refletir também na vida profissional quando essas crianças se tornarem adultas.
No entanto, o fato de não haver cura para a dislexia não é motivo para desistir do processo de aprendizagem da linguagem escrita. As crianças disléxicas devem ter o amparo escolar além de um reforço extraescolar  para acompanhá-las.
Cuidados importantes - O tratamento do querido da família deve ser multiprofissional, ou seja, com a assistência de um médico neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e psicólogo. Os professores têm um papel fundamental na vida dessas crianças. Eles devem ter a consciência que é na escola que o aluno desenvolve seu aprendizado e vivencia experiências.
Compreensão e saber quais as limitações de uma criança disléxicas são essenciais para que os educadores ressaltem seus pontos fortes, como a oralidade, e trabalhem os pontos fracos.
Outra boa recomendação: fazer alguma atividade física, de preferência de escolha da criança. Isso pode ajudar na reconquista da sua autoestima, mostrando para a criança que todos têm suas dificuldades e qualidade.
Garantido por lei - De acordo com a Constituição Federal, o disléxico tem direito de receber ajuda nas leituras e de não fazer nada por escrito. As escolas e universidades são autorizadas legalmente a avaliar esses alunos apenas oralmente.
Todos devem ter a ciência de que a criança disléxica possui uma dificuldade de caráter permanente e duradouro, o que não a impede de aprender a ler e escrever, mesmo sendo com algumas dificuldades.
Dicas
Sinais de dislexia em crianças em idade:
- Pré-escolar - falta de atenção, dificuldade em aprender rimas e canções e montar quebra cabeças e fraco desenvolvimento da coordenação motora.
- Escolar - desatenta, dispersa e desorganizada, não grava rimas e alterações, confunde esquerda com direita, tem dificuldade em usar mapas e dicionário, não decora sequências como meses do ano e dias da semana e faz trocas de letras parecidas na hora de escrever (p por b ou d).
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br – texto de   Bruno Rodrigues

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