Amigos imaginários são um conhecido recurso infantil de minimizar os desafios emocionais. Entenda como se portar caso seu filho crie um para ele
A situação é criada por crianças que querem se sentir mais seguras para lidar com novos desafios
Você já flagrou seu filho conversando sozinho, brincando com alguém invisível? Antes que você se desespere, saiba que isso é completamente natural. Provavelmente ele está na companhia de algum amigo imaginário, o que além de normal, pode ser bastante saudável para crianças, principalmente na faixa etária de2 a 5 anos.
Não se trata de um distúrbio ou algo parecido. O companheiro fantasma surge no momento em que a criança passa por grandes mudanças, que geram angústia ou estresse, como o nascimento de um irmãozinho, a separação dos pais, a entrada na escolinha, ou a retirada da mamadeira. Independente das inúmeras razões, a dúvida que aparece na cabeça dos pais é uma só: como proceder nessa hora?
Mente criativa
Antes de tudo, o amigo invisível é um recurso valioso que os pequenos utilizam para o seu próprio desenvolvimento. Por não saber lidar com novos contextos, a criança cria este ser imaginário para sentir-se mais segura e enfrentar situações adversas. Costuma ser algo benéfico quando funciona como uma espécie de recurso para que ela consiga compreender e elaborar novos sentimentos, tais como frustração, raiva, medo e angústia.
Você já flagrou seu filho conversando sozinho, brincando com alguém invisível? Antes que você se desespere, saiba que isso é completamente natural. Provavelmente ele está na companhia de algum amigo imaginário, o que além de normal, pode ser bastante saudável para crianças, principalmente na faixa etária de
Não se trata de um distúrbio ou algo parecido. O companheiro fantasma surge no momento em que a criança passa por grandes mudanças, que geram angústia ou estresse, como o nascimento de um irmãozinho, a separação dos pais, a entrada na escolinha, ou a retirada da mamadeira. Independente das inúmeras razões, a dúvida que aparece na cabeça dos pais é uma só: como proceder nessa hora?
Mente criativa
Antes de tudo, o amigo invisível é um recurso valioso que os pequenos utilizam para o seu próprio desenvolvimento. Por não saber lidar com novos contextos, a criança cria este ser imaginário para sentir-se mais segura e enfrentar situações adversas. Costuma ser algo benéfico quando funciona como uma espécie de recurso para que ela consiga compreender e elaborar novos sentimentos, tais como frustração, raiva, medo e angústia.
Quando o amigo imaginário passa a criar algum tipo de sofrimento real, é hora de se preocupar
De acordo com a psicóloga Beatriz Otero, o amiguinho invisível pode até trazer benefícios, colaborando no autoconhecimento e na comunicação. "A criança utiliza esse recurso também para entrar em contato com seu lado de autoridade e exercitá-lo de forma saudável, dando ordens para seu amigo invisível obedecer, coisa que ela não pode fazer com seus pais", afirma.
Passando dos limites
Aprender a dividir, se autoconhecer e adquirir noções de liderança são boas características. Mas os pais precisam estar atentos ao grau de interferência que este comportamento está exercendo na vida dos filhos. Quando o amigo imaginário passa a criar algum tipo de sofrimento real, é hora de se preocupar. A melhor forma de perceber isso é notar se ele inclui o personagem em todas as suas atividades, se tem dificuldade no contato com outras crianças, ou se passa muito tempo isolado e brincando sozinho, mesmo quando está em grupo.
Esses personagens costumam sumir naturalmente, na medida em que novos métodos para lidar com as situações de estresse são desenvolvidos. Mas em alguns casos, após os 5 anos, o "fantasminha" continua a fazer aparições, o que pode apontar um alto grau de insegurança. "Após os 6 anos, a criança já sabe diferenciar bem fantasia de realidade e possui outros recursos para lidar com seus problemas. Nesse caso, ou mesmo antes disso, se a situação sair do normal, os pais devem procurar ajuda profissional", aconselha a psicóloga.
De acordo com a psicóloga Beatriz Otero, o amiguinho invisível pode até trazer benefícios, colaborando no autoconhecimento e na comunicação. "A criança utiliza esse recurso também para entrar em contato com seu lado de autoridade e exercitá-lo de forma saudável, dando ordens para seu amigo invisível obedecer, coisa que ela não pode fazer com seus pais", afirma.
Passando dos limites
Aprender a dividir, se autoconhecer e adquirir noções de liderança são boas características. Mas os pais precisam estar atentos ao grau de interferência que este comportamento está exercendo na vida dos filhos. Quando o amigo imaginário passa a criar algum tipo de sofrimento real, é hora de se preocupar. A melhor forma de perceber isso é notar se ele inclui o personagem em todas as suas atividades, se tem dificuldade no contato com outras crianças, ou se passa muito tempo isolado e brincando sozinho, mesmo quando está em grupo.
Esses personagens costumam sumir naturalmente, na medida em que novos métodos para lidar com as situações de estresse são desenvolvidos. Mas em alguns casos, após os 5 anos, o "fantasminha" continua a fazer aparições, o que pode apontar um alto grau de insegurança. "Após os 6 anos, a criança já sabe diferenciar bem fantasia de realidade e possui outros recursos para lidar com seus problemas. Nesse caso, ou mesmo antes disso, se a situação sair do normal, os pais devem procurar ajuda profissional", aconselha a psicóloga.
O companheiro invisível costuma surgir em momentos de grandes mudanças
O que fazer?
O ideal é não se desesperar e nem interferir na amizade fictícia. O melhor a se fazer é encontrar uma forma de não repreender a criança, confrontando-a com a realidade. Mas também não se deve incentivá-la, agindo como se o amigo imaginário fosse de carne e osso. Pois ao incentivar, os pais podem alimentar uma confusão na cabeça dos pequenos. E ao repreender, agem como se desvalorizassem um recurso de autodefesa do próprio filho.
No final, o mais recomendado é transmitir aos filhos a sensação de que a coisa toda é encarada como uma brincadeira, que um dia irá acabar. "Os pais devem participar apenas se forem solicitados e perguntar para a criança do que esse amigo gosta, do que não gosta, do que tem medo. Assim poderão entender um pouco melhor o que está se passando com o filho, que responderá através do amigo imaginário".
O que fazer?
O ideal é não se desesperar e nem interferir na amizade fictícia. O melhor a se fazer é encontrar uma forma de não repreender a criança, confrontando-a com a realidade. Mas também não se deve incentivá-la, agindo como se o amigo imaginário fosse de carne e osso. Pois ao incentivar, os pais podem alimentar uma confusão na cabeça dos pequenos. E ao repreender, agem como se desvalorizassem um recurso de autodefesa do próprio filho.
No final, o mais recomendado é transmitir aos filhos a sensação de que a coisa toda é encarada como uma brincadeira, que um dia irá acabar. "Os pais devem participar apenas se forem solicitados e perguntar para a criança do que esse amigo gosta, do que não gosta, do que tem medo. Assim poderão entender um pouco melhor o que está se passando com o filho, que responderá através do amigo imaginário".
Fonte: Texto de Marcos de Oliveira
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