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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mães superprotetoras, segundo Içami Tiba



"A mãe superprotetora é aquela que poupa o filho de todo tipo de atividade que caberia a ele. Ela faz tudo em seu lugar: recolhe seus brinquedos, faz sua lição de casa... É aquela que não consegue enxergar que a criança cresce e lhe nega independência. É aquela que, provavelmente, vai concorrer com a futura nora, e acabará atrapalhando o casamento do filho", diz o especialista, ressaltando que não é apenas durante a infância dos filhos que muitas mães agem com excesso de proteção. "Até nas receitas médicas ela interfere. Recusa-se a seguir as orientações do médico por julgar que o remédio pode fazer mal ao filho".
Mesmo na escola, um local onde a maioria das crianças têm de assumir por si próprias suas responsabilidades, a mãe superprotetora não permite que a professora seja firme com seu filho. Sua interferência na rotina escolar, inclusive, é uma realidade que irrita os educadores. "Essas são o tipo de mãe que financiam a deseducação. Fazem os filhos gastarem energia para chorar e não para crescer. Querem adaptar o mundo para que o filho fique inalterado. O professor é errado, a escola é errada, o governo é errado, o mundo não é bom o suficiente para ele", diz Dr. Tiba. Os efeitos colaterais, ressalta o psiquiatra, são duros e podem ser percebidos quando o filho passa a se mostrar inseguro, ansioso, a não ter mais amigos, não render na escola. "A mãe superprotetora acaba reagindo de modo a não permitir que o filho lide com suas frustrações. Age para mostrar ao mundo que seu "bebê" é o máximo, enquanto, na verdade, a autoestima dele continua baixíssima. Se faz uma festa de arromba, é para exibir o filho. E este, em vez de amigos, começa a ganhar puxa-sacos".

O correto, alerta Dr. Tiba, é a mãe utilizar o bom senso. "Quando contrariada, em vez de agir imediatamente, ela deve procurar uma saída para que o próprio filho tenha de reagir. "Em atos simples como guardar brinquedos, por exemplo. Ela não deve tomar para si uma função que é dele, como se ela já não tivesse tarefas suficientes para cumprir como mãe, esposa e profissional".
Outro exemplo: quando um menino corre e bate a cabeça no móvel, abrindo um berreiro daqueles. "Em vez de pegá-lo no colo e dar uns tapinhas na mesa dizendo ‘feia... ah, ah, ah’, como se o móvel fosse o culpado, a mãe poderia dizer ‘a mesa estava parada filho, tome cuidado ao passar por aqui’.
Esta é uma forma, inclusive, de dosar a sensação de poder que acomete as crianças. "Superproteger é afirmar que os outros são sempre errados, menos o filho. Em futuros conflitos familiares, ele não pensará que os pais é que são ruins? Normalmente, quando o filho resolve ofender sua mãe verbalmente, é porque já pratica ofensas contra ela há muito tempo, mas de formas diversas".
Fonte: www.vilamulher.terra.com.br -  texto de  Adriana Cocco





 
 

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