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terça-feira, 23 de julho de 2013

O que é disgrafia?




A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Características:
- Lentidão na escrita.
- Letra ilegível.
- Escrita desorganizada.
-
 Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
- Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
- O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
- Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
- Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever
- Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.
Tratamento e orientações:
- O tratamento requer uma estimulação linguística global e um atendimento individualizado complementar à escola.
- Os pais e professores devem evitar repreender a criança.
- Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.
- Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
- Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
- Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.
 Até  o 3º Ano é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.
A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.
Caraterísticas:
- Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
-  Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
- Adições: ventitilador.
- Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
- Fragmentações: en saiar, a noitecer.
- Inversões: pipoca/picoca.
- Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.
Orientações:
- Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas.
- Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.
- Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.
 
Fonte: Psicopedagogia Brasil  - texto de Simaia Sampaio
 

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