Na era moderna, é comum
vermos crianças sendo levadas a exercerem papéis e hábitos que nem seu corpo
nem sua mente estão preparados. Outro dia em uma emissora de televisão foi
exibida uma reportagem sobre o beijo, mostrando que crianças a partir dos 5 anos
já iniciam o primeiro beijo na boca.
É claro que nessa idade
sequer elas compreendem o significado do beijo, mas essa realidade gera
preocupação. Até que ponto, reportagens como essa ajudam a criança? O beijo é o
início de uma relação sexual. Quando se trata de descobertas da criança,
deve-se levar com naturalidade, mas aconselhá-las.
Filhos sem limites, futuros adultos frustados
Não adianta fecharmos
os olhos para uma realidade que está patente aos olhos de todos: o homem tem
perdido sua identidade, seus valores, e muitos pais se conformam dizendo:
“temos que acompanhar as mudanças do mundo moderno”. A conformidade é traço de
quem diz: “não tem jeito mesmo, melhor me adaptar”. Mas tem jeito sim.
Princípios que
recebemos dos nossos pais, devem se estender pelas futuras gerações. Valores
como obediência, honra aos pais, disciplina, respeito, devem ser mantidos. É
mais fácil ser levado pela maré, do que nadar contra ela. Que tipo de herança
estamos deixando para nossos filhos?
Crianças que crescem sem limites, serão adolescentes extremamente
problemáticos. E adultos frustrados e sem caráter.
Criar um filho já não é
fácil, mas educá-lo é muito mais desafiador. Isso irá requerer dos pais, não
apenas conselhos, mas exemplos de vida no dia-a-dia, dedicação para
aconselhamento, para diálogos, para ensiná-los sobre sexualidade, respeito,
amizade, e isso requer tempo, o que parece que os pais atualmente não dispõem.
Devido a isso, e outros fatores, a depressão infantil, é cada vez mais comum.
Com a entrada da mulher
no mercado de trabalho, grande parte das nossas crianças são criadas por babás,
avós, e isso faz com que os pais, para compensarem sua falta na vida diária da
criança, fazem todas as suas vontades e compram tudo o que podem para elas.
Outro fator que tem influenciado as crianças a
hábitos e costumes degenerados são as novelas, voltados ao público adolescentes, onde estes passam de mão em mão
com a maior naturalidade, e termos como “ficar”, “BV” (boca virgem), “BVL”
(boca virgem de língua), são linguagens que crianças começam a ouvir desde cedo
e quando estão na pré-adolescência querem exercer atitudes de adultos, sem
estarem preparados.
Os meios de comunicação e as crianças
A internet, através de sites de
relacionamentos que viraram febre, também tem todo tipo de categorias que as
crianças ficam expostas se quiserem entrar. E isso tudo sem o conhecimento dos
pais.
Em um Shopping de uma
cidade do interior da Bahia, por exemplo, já existem, segundo a delegada da
infância, pontos de prostituição infantil, gangues de crianças a partir dos 9
anos. E os pais dizendo-se modernos, deixam seus filhos nesses lugares sem a
mínima preocupação. Meninos de 10 anos no estacionamento do Shopping bebem
vodka pura.
Segundo essa delegada,
que tem três filhos, entre 8 e 14 anos, o termo “mico” está na boca de todo
adolescente. E aconselha: “Meus filhos podem falar que é mico, king kong,
orangotango, ou o que seja. Só vão ao Shopping sob minha vigilância, e quando
vão a alguma festinha que pedem que deixem os filhos na porta da residência,
não permitindo a entrada dos pais, só as
crianças, eu entro, vejo o ambiente, e se os pais do aniversariante estão
presentes. Só depois disso tudo é que deixo meus filhos com tranquilidade.
Com a falta de tempo
dos pais, os filhos iniciam desde cedo inversão de valores, e aprendem, o que deveria ser aprendido dos pais, com os
coleguinhas mais “descolados”, mais espertos, ou com pedófilos que encontram em
sites de relacionamentos. Está mais que na hora de nós, pais, despertarmos para
uma dura realidade. Ou retomamos a educação dos nossos filhos, ou em breve os
perderemos para as drogas e a prostituição.
Fonte: http://br.guiainfantil.com
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