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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Armadilhas contra o rendimento escolar

Crianças de 7 a 12 anos - Tudo sobre a fase de que seu filho deixa de ser criança, vira pré-adolescente e se acha adulto.

O estudo é um instrumento fundamental e necessário para a educação intelectual de nossos filhos, mas como anda o rendimento escolar de nossas crianças?
Quem é que nunca estudou muito para uma prova e mas na hora H, não conseguiu desenvolver quase nada. Este bloqueio pode até parecer comum, mas, qual é a causa deste insucesso na hora do aprendizado? Especialistas afirmam que são diversos os fatores que prejudicam rendimento escolar, gerando desatenção ou desprazer pelo estudo. Problemas de visão, audição, familiares, afetivos e emocionais, bullying, e até de violência, podem contribuir com o déficit no aprendizado infantil.
Uma pesquisa foi desenvolvida a partir de dados coletados com 287.719 estudantes de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, em questionário aplicado no Sistema de Avaliação da Educação Básica de 2001 (Saeb). Entre os alunos da 4ª série, com melhores condições financeiras, as menores médias em matemática (225,1 pontos numa escala de 0 a 500) foram daqueles que disseram usar “sempre” o computador para tarefas escolares. Atingiram os melhores resultados (246,5 pontos, em média), os estudantes que declararam usar o computador raramente. Até mesmo os que disseram “nunca” usar tiveram desempenho superior ao primeiro grupo: 237,1 pontos, em média. Segundo um dos autores do estudo, Jacques Wainer, do Instituto de Computação da Unicamp, a edição do Saeb utilizada é a única cujo questionário contém um item direcionado ao uso do computador em tarefas escolares de língua portuguesa e matemática.
Os alunos tinham como opções de resposta o uso frequente, raro ou nulo do computador nessas situações. Sobre os motivos que levaram ao resultado da pesquisa, Wainer afirma que não tem dados concretos, apenas observam os alunos. A pesquisa reflete apenas dados estatísticos.
Especialistas em educação explicam que o hábito dos estudantes de copiar conteúdos da internet na íntegra para trabalhos escolares, a fácil utilização de recursos de correção ortográfica e de execução de cálculos nos computadores e, principalmente, a falta de controle dos pais e a má orientação pedagógica dos professores são fatores que fundamentam os resultados da pesquisa.
As crianças precisam ser incentivadas a pesquisar fora do computador, visitar uma biblioteca, ir ao teatro, praticar esportes, ter oportunidades de conhecimento de diversas formas. Os professores tem papel fundamental para evitar a dispersão dos alunos.
O desempenho dos alunos nos testes de proficiência depende muito mais de sua cultura familiar do que das características do local onde estudam. A escola responde por 15% a 30% da variação de notas, mas 0s pais são os protagonistas e principais responsáveis, pela educação e aprendizado de nossos filhos.
O ambiente familiar é um lugar muito importante para o desenvolvimento da criança.
O transtorno de desatenção, que gera baixo rendimento escolar, independente de classe social e na maioria das vezes, vem de fatores genéticos. O risco da criança sofrer de TDA/H (Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade) em casos que a mãe, durante a gestação, fez uso de cigarro e álcool, em caso da criança nascer prematura e de baixo peso, entre outros fatores são muito prejudiciais.
Para os profissionais o diagnóstico é clínico e o tratamento mais indicado é a junção da terapia e medicamento, mas alertam que, a medicação em longo prazo, pode ter efeitos colaterais.
Conheça alguns sintomas relacionados à desatenção, problema sério, que contribui com o baixo rendimento escolar infantil em grande parte do mundo:
- Falta de atenção aos detalhes;
- Dificuldade de concentração;
- Falta de atenção ao que os outros falam;
- Dificuldade em seguir regras e instruções;
- Desvio da atenção com outras atividades;
- Dificuldade em terminar tudo o que começa;
- Desorganização;
- Evitar atividades que exijam um esforço mental contínuo;
- Distração facil com coisas alheias ao que está fazendo;
- Esquecer compromissos e tarefas;
- Problemas financeiros;
- Tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
- Dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.
Todos os sintomas não forem tratados, segundo especialistas, acarretam prejuízos aos portadores vítimas desse transtorno. Alguns estudos mostram que, muitas crianças se sentem isoladas e separadas de seus colegas, e muitas vezes não entende por que é tão diferente. Sente-se perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa autoestima, tendo perdas emocionais e intelectuais por toda a vida.
Fonte:Equipe Filhos & Cia    - texto de Marcela França

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