Quantas vezes você já passou por aqui?

sábado, 29 de setembro de 2012

Para crescer, tem que frustar!

Cesar Ibrahim é Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com formação psicanalítica. Iniciou a atividade clínica em 1984, com o atendimento de adultos e adolescentes, ampliando o trabalho para a psicoterapia de família. Seu foco é compreender as dificuldades enfrentadas pelos educadores na maneira de conduzir a formação de pessoas, que devem ser capazes de se constituir psiquicamente de forma autônoma. Além disso, trabalha com adolescentes para mostrá-los que a vida também é feita de frustrações.
Nesta entrevista ao Projeto Criança e Consumo, César explica que a fantasia da felicidade constante, muitas vezes incentivada pelos próprios pais, pode ser extremamente nociva à saúde emocional.
Sua rotina de trabalho inclui atendimento clínico e também atendimento a grupos de crianças e adolescentes. Que tipo de questão é abordada nesses grupos? Como funciona a dinâmica?
Eu trabalho com crianças, adolescentes e jovens em atividade clínica, e a prevalência é de atendimento em grupos entre seis e sete pessoas. Abordamos, principalmente, a questão universal dos adolescentes, que é a dificuldade de crescer e de avançar no desenvolvimento emocional, além de assumir as exigências que o mundo vai, pouco a pouco, impondo. Procuro mostrar os caminhos que façam com que os jovens percebam e entendam que certas etapas de acontecimentos da vida, como o fracasso e a decepção, são importantes para o amadurecimento de todos. A resistência é grande, pois minha ideia é mostrar exatamente o inverso do que eles vivenciam e são convencidos a acreditar, que é o conceito de felicidade e alegria apenas, sem frustrações nem tristeza.
Os grupos são formados dentro de escolas ou são independentes?
Exerço um trabalho clínico dentro do consultório e participo também de atividades em universidades, com educadores, terapeutas e profissionais que lidam com crianças e adolescentes. Eventualmente trabalho com escolas, com profissionais de educação, no sentido de contribuir para o desenvolvimento emocional do aluno. Abordamos qual é o papel da escola no psiquismo de crianças e adolescentes e na formação de seres humanos menos suscetíveis a impressões e influências impostas pela cultura do Século 21. Uma cultura que exacerba a fantasia de uma vida excepcionalmente feliz, alegre, agitada e indolor. É isso que nós encontramos no mundo adulto, na farmácia, por exemplo, onde há cura de tudo: da insônia, da tristeza, da depressão, da ansiedade; além de todas aquelas vitaminas que se dá para a criança, como se fossem uma solução para todos os males existentes.
Temos, hoje, muitos problemas na formação de crianças decorrentes do consumismo, incentivado em nossa sociedade de diversas formas. O consumo é um assunto relevante nesses grupos que você atende?
A questão do consumo aparece , mas não de maneira tão direta. No entanto, o consumismo está presente o tempo todo na relação do adolescente com o mundo, e de diversas formas. Hoje, existe uma marca muito da cultura que é a relação entre o prazer e a responsabilidade, o dever. Nesta linha, é importante ressaltar algumas mudanças que ocorreram nos últimos anos. Os tempos atuais, ditos como mais hedonistas, marcaram por completo a relação da família com os filhos. Privilegia-se quase que o tempo inteiro a relação das crianças e dos adolescentes com o prazer. Sendo assim, a preocupação fundamental dos pais de classe média, principalmente nos centros urbanos do mundo ocidental, é a felicidade dos filhos, ou melhor, a ideia do que é felicidade. É como se houvesse uma espécie de ignição de fazer os filhos cada vez mais felizes, produzindo essa fantasia constantemente.
Que impacto essa preocupação excessiva dos pais com o fornecimento do prazer aos filhos pode ter no desenvolvimento infantil?
De maneira geral, essa marca da cultura está diretamente ligada ao imediatismo do prazer, e é claro que isso vai se desdobrar na relação com o consumo. O desejo tende a ser satisfeito sob essa forma materializada, que tem um movimento compulsivo – já que, na verdade, ela é insaciável. O jovem, que troca o tempo todo de objeto de desejo, no fundo persegue essa fantasia idealizada de que haverá uma forma de obter o prazer quase sempre com caráter imediato, e como se isso pudesse compor essa pseudo-felicidade, aquela que os pais esperam para os filhos. O processo funciona como se fosse uma missão que os pais atribuem a eles mesmos para proporcionar uma existência quase analgésica aos filhos, ou seja, uma existência indolor, que não inclua a frustração. O que podemos ver, a partir dessa marca da cultura hegemônica hedonista, é essa tentativa dos pais de injetar uma espécie de anestésico existencial. Seria uma espécie de blindagem emocional comprometida com o prazer o tempo inteiro.
Ainda sobre a preocupação dos pais com a alegria dos filhos, você pode dar exemplos dessa relação entre a busca da felicidade e o consumo?
Um exemplo bastante freqüente é a vontade de trocar de celular, comprar um iPhone, novos produtos eletroeletrônicos ou qualquer outro objeto de consumo. Essa vontade se coloca a serviço dessa ideologia, a princípio muito bem intencionada dos pais, que querem promover a felicidade dos filhos. Eles não sabem como e nem o que fazer, mas acreditam que, se puderem fazer com que os filhos atravessem uma infância e uma adolescência sem dor e sem esforço, a missão está cumprida. No fundo, sabemos que é exatamente o contrário. Para crescer tem que frustrar. Portanto, eventualmente, o desejo deve, sim, ser barrado. Sobre esse assunto, temos tanto o ponto de vista material quanto o ponto de vista emocional, amoroso. Grande parte dos adolescentes se depara com aquela situação típica de vida escolar, que é: o meu objeto amoroso não me quer. E assim se deflagra a relação do sujeito com a inevitabilidade da dor.
Na sua opinião, existe, no ambiente escolar, uma preocupação em ensinar a lidar com o fracasso?
A escola está cada vez mais articulada nessa necessidade de frustrar, principalmente pela recorrência desse assunto. Existe o comprometimento de mostrar que a vida acadêmica dá trabalho e, por isso, exige muita dedicação e renúncia ao prazer imediato, por exemplo. Freud ressaltava muito a importância de a pessoa renunciar o movimento na direção do desejo para poder crescer. Nesse sentido, é preciso mostrar ao jovem que é a renúncia que fortalece e que projeta o ser humano para o seu desenvolvimento. E que o contrário também é verdade – essa fantasia de que a satisfação plena entorpece e paralisa é cada vez mais comprovada clinicamente.
 Em seu trabalho nas escolas existe também a questão da inserção, de que o jovem quer se sentir parte de algum grupo e acredita que a posse de bens ou o comportamento pode influenciar nisso?
Sim, existe. Isso é parte integrante do desenvolvimento. É o que chamamos de tripé da modernidade: fama, beleza e riqueza. O adolescente quase sempre busca ser o popular, o bacana, constituir uma identidade própria. É nesse meio em que ele encontra os seus pares, a partir de quem ele busca aceitação, que ele vai constituir a sua identidade e uma trajetória que seja seguida. Neste aspecto, as substâncias químicas, por exemplo, revelam esse sintoma social do prazer imediato. Resta saber como ela vai agir diante disso. A criança que foi suficientemente frustrada ao longo de uma educação dentro de casa muito provavelmente será capaz de dizer não às substâncias químicas com as quais ela vai, inevitavelmente, se deparar ao longo da adolescência. Ela vai ter segurança e clareza suficientes para agir de maneira consciente. Já aquele que não foi suficientemente frustrado, que não foi contido nesse desejo avassalador, aquele que não foi ensinado e não aprendeu a conviver com a falta provavelmente será mais suscetível a essas substâncias químicas. Sendo as drogas ou os bens materiais , como celular e roupas de marca, o principal objetivo pela busca incessante do prazer. A questão do consumismo é parte dessa busca da humanidade na direção de estabelecer uma relação plena com o prazer absoluto.
Os meios de comunicação, principalmente a televisão, exercem um papel importante nas questões ligadas ao consumismo. Qual é a influência da mídia nessas questões?
Alguns autores tendem a responsabilizar a mídia. No meu entender, a mídia está comprometida com uma série de variáveis. Acredito que a questão não seja exatamente a influência da mídia sobre a criança. Depende muito da maneira como a educação leva a criança e o adolescente a lidar com esses efeitos inevitáveis a que serão submetidos, principalmente dentro de casa. Eu não tenderia a demonizar a mídia. Para mim, o fundamental é como a educação e como a constituição do psiquismo daquela criança se deu no sentido de levar aquele sujeito a lidar com essas variáveis. E aí, sim, a mídia pode ser responsável pela má-formação.
 Os pais e as escolas têm consciência dessa situação, de que muitas vezes eles são os responsáveis pela falta de segurança emocional das crianças e pela falta de maturidade para lidar com os fracassos que enfrentam?
Essa consciência é praticamente inexistente nos pais, infelizmente. Estamos falando de um contexto que é muito específico, de adultos que nasceram no século 20, movidos por expectativas, idealizações, desejos e sonhos de classe média, e de produzir uma existência para os filhos em que nada falte a eles, tanto do ponto de vista material como emocional. Infelizmente, a consciência dessa questão ainda é muito precária. O que vemos com mais freqüência, hoje, são pais comprometidos em atender a demanda dos filhos, como se isso pudesse produzir a felicidade que eles tanto querem construir e fazer ser possível. Muitos deles pensam que o simples fato de não frustrar os filhos fará, automaticamente, com que sejam felizes e tudo dê certo. Já as escolas estão começando a se curvar um pouco mais para isso. Este é um sintoma social, da contemporaneidade, que vai ser cada vez mais discutido pelos educadores e profissionais ligados à escola.
Fonte:  http://www.almanaquedoadolescente.com.br/2010/06/23/para-crescer-tem-que-frustrar/
 

 

 



 
 
 




 


domingo, 16 de setembro de 2012

Dicas Ortográficas



Acento ou assento?

“Acento” é bem diferente de “assento”. Essas palavras são chamadas de homônimos. Isso porque elas têm exatamente a mesma pronúncia. Contudo cada uma possui um significado.

Assento, com “SS”, é parte de um móvel em que se pode sentar. Exemplo: assento de uma cadeira. É também um móvel apropriado para sentar. Exemplo: A sala de projeção tem duzentos assentos.

Já o acento, com “c”, é o sinal gráfico que demarca é a sílaba forte de uma palavra.
 
 














domingo, 9 de setembro de 2012

A minha mãe é chata, pois é!

 Algum tempo atrás, numa mesa redonda com adolescentes pedi que desenvolvessem o tema da nossa conversa.
Havia me preparado para temas complexos: Drogas, álcool, sexualidade precoce, gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, etc.
O tema escolhido, para espanto de todos vocês, o tema que ganhou as eleições dos estados unidos adolescentes, fazendo uma paródia às próximas eleições americanas. Foi exatamente este: Minha mãe é chata.
Com tanto tema para desenvolver… O circo pegando fogo lá fora, o buraco na camada de ozônio, as rave movidas a algo mais forte que guaraná e gatorade e os filhos da mãe querem falar dela!

O pior, eu já ouvi esta pérola lá em casa… ninguém merece… Que saia justa não?
Bem, respirei fundo e organizei a galera.
Falei: vamos pôr para fora os porquês:
A minha mãe é chata porque não me deixa levar amigos para dormir em casa durante a semana. Esta é fácil, eu pensei…
A minha mãe é chata porque não me deixa nem dormir mais tarde durante a semana. Depois não acorda, perde a hora e chega atrasado na escola!
A minha mãe é chata porque quer controlar o que eu visto. Se quer vestir mulambo rasgado ou torrar todo seu dinheirinho em grifes, o problema é seu! Eu e qualquer outra mãe, só deve bancar o necessário!
A minha mãe é chata porque “meteu” uma senha na TV a cabo e eu não posso mais ver praticamente nada, daqui a pouco só vai dá pra ver Discovery kids!
A minha mãe é chata porque quer que eu coma mais peixe, menos carne, menos hamburguer, esses babados de coisas saudáveis.
Esta também é fácil, vou falar que as pesquisas indicam que carne têm hormônios, antibióticos e entope as artérias, leva semanas para digerir, hamburguer é carne processada e 70% de toda carne processada têm coliformes fecais, as pesquisas indicam, não estou falando bobagem.
E por ai continuava a ladainha, não acabava…
Fiz a galera aprender a negociar, desculpe-me pais, mas com jovens não tem jeito. Não adianta dizer NÃO e pronto, isso era coisa do nosso tempo… Hoje em dia se você falar NÃO, ele vai fazer errado escondido, pode se dar mal, na nossa época também, eu sei… Mas hoje somos pais e não filhos, como satisfazer dois reis e apenas um reinado?
Negociando, dialogando, não tem outro jeito.
Pedi em seguida numa dinâmica, que se colocassem no papel da mãe, detonaram nas caricaturas de tão estimada figura materna!
Depois voltassem para o seu papel.
Com certa dificuldade, entenderam melhor o drama das mães chatas. Tempos depois encontrei com um dos adolescentes daquela palestra e perguntei:
— E ai? A mãe ainda está muito chata?
— Às vezes, mas agora ela aprendeu a negociar melhor…
Ainda bem não é, pois ninguém é perfeito ufa!


 Fonte: Texto de Ana Lucchi -  psicóloga

 

sábado, 8 de setembro de 2012

O que é a Orientação Vocacional ?


O objetivo da orientação vocacional não é dizer ao estudante qual a profissão certa a escolher, mas sim orientar, de acordo com as características e personalidades, profissões e áreas de possível interesse do estudante.
 A orientação vocacional serve como um instrumento de apoio para a escolha da carreira e tem por objetivo auxiliá-lo nesta importante etapa de sua vida.
A identificação de habilidades e interesses ocorre por meio da utilização de técnicas como entrevistas, jogos interativos e testes psicológicos. Esse trabalho também é fundamentado na transmissão de informações atualizadas sobre cursos, escolas, profissões e inserção no mercado de trabalho.
Teste Vocacional
Geralmente, os modelos de testes vocacionais visam medir os interesses, as aptidões, a personalidade e a inteligência do jovem. São avaliadas ainda as suas habilidades, o seu nível de percepção, o raciocínio e a memória.
É considerado também o lado pessoal, o equilíbrio mental e emocional, as angústias, os conflitos e as rivalidades da pessoa. Isso por meio de avaliações estruturais, dinâmicas e outros métodos.
Além disso, são realizadas entrevistas com o jovem e os pais, onde é feita a análise das situações rotineiras da família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem.
Para alguns casos aconselha-se não só o teste em si, mas o acompanhamento com um psicólogo, pois os testes são padronizados, mas, as pessoas são diferentes.
Orientador Vocacional
O orientador vocacional tem o compromisso ético de respeitar e estimular permanentemente sua AUTONOMIA e RESPONSABILIDADE com as escolhas do indivíduo. Por mais difícil que possa parecer tomar para si esta responsabilidade, você verá que o orientador caminhará lado a lado com você no enfrentamento de suas dificuldades, na ampliação de seu auto-conhecimento e na clarificação de seus conflitos.
Orientação Vocacional On-Line
 


Auto-estima


A auto-estima é o julgamento, a apreciação que cada um faz de si mesmo, sua capacidade de gostar de si. O caminho mais viável para uma auto-avaliação positiva é o autoconhecimento. Conhecer seu próprio eu é fundamental, pois implica ter ciência de seus aspectos positivos e negativos, e valorizar as virtudes encontradas. Este diálogo interior requer um voltar-se para si mesmo. Esse reconhecimento subjetivo torna o indivíduo mais apto a enfrentar os obstáculos e desafios do cotidiano, uma vez que agora ele conhece seu potencial de resistência e a intensidade de sua coragem e determinação. Assim ele pode evitar as armadilhas que caracterizam a baixa auto-estima, tais como a insegurança, a inadaptação, o perfeccionismo, as dúvidas, as incertezas, a falta de confiança na sua capacidade, o medo de errar, a busca incessante de reconhecimento e de aprovação, entre outros. Fortalecido, o sujeito pode resistir aos fatores que provocam a queda na auto-estima – crítica e autocrítica, culpa, abandono, rejeição, carência, frustração, vergonha, inveja, timidez, insegurança, medo, raiva, e tantos outros.
A auto-estima se forma ao longo da infância, com base na educação e no tratamento recebido dos familiares, amigos e professores. É muito importante o ambiente, o contexto em que a criança cresce, pois este meio pode edificar ou destruir a confiança da criança em si mesmo.
A Eterna Criança - Auto-estima e Individuação
 "Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa". (Jung, 1981).
Parece difícil falar sobre auto-estima sem correr o risco de parecer superficial. Contudo, ao refletir sobre o assunto de uma maneira mais profunda, deparei-me com o sentimento de valor ou dignidade que uma pessoa atribui a si mesmo, e o quanto esta questão é pertinente ao sofrimento que muitos pacientes trazem à clínica psicológica como tema a ser discutido.
Na prática clínica tenho acompanhado pessoas que apresentam dificuldades para confiar em si mesmas, e estabelecer relacionamentos íntimos satisfatórios. Sentem-se paralisadas pela vergonha, pela ansiedade e pela culpa.
A falta de amor vivida na primeira infância implica em graves transtornos na vida futura. A negligência no cuidado e no amor materno faz com que a pessoa não se sinta segura para gostar de si própria, não acreditando consequentemente no amor do outro. As pessoas que sofreram esta falta relatam dificuldades em encontrar prazer em viver. O sentimento de vazio que a falta de amor ocasiona leva a uma busca compulsiva de satisfação externa. Relatos de sentimentos de inadequação, auto-depreciação, paralisia e impotência fazem parte do cenário psíquico da baixa auto estima.
Ao refletir sobre a formação da auto-estima, é necessário percorrer o processo de desenvolvimento humano, tendo em vista como se formam a nossa identidade e nossa auto-imagem.
Jung  em "O Desenvolvimento da Personalidade" (1981), aborda o desenvolvimento da consciência durante a infância. Ele nos afirma que ao nascer não há consciência, mas apenas fragmentos de consciência amalgamada com a psique materna. É somente entre os três e os cinco anos de vida que a criança evolui e toma consciência do próprio "eu" e pode-se dizer que, a partir de então, surge à psique individual.
Para Jung  e outros autores, relacionamentos saudáveis com os pais e com o ambiente nestes primeiros anos, são fundamentais para a manifestação de uma personalidade com características de autoconfiança e capacidade de realização do seu potencial.
Erich Neumann em seu livro "A Criança" (1991), explora o relacionamento entre a mãe e o bebê nos primeiros anos de vida e o quanto experiências satisfatórias nesta primeira etapa da formação da personalidade são fundamentais para o desenvolvimento saudável do ego e da relação deste com o Si-Mesmo.
A partir desta separação ou diferenciação, as primeiras noções da auto-imagem são construídas, os valores que pautam a convivência com o mundo se estabelecem e o indivíduo vai aos poucos traçando para si quais características de sua personalidade são aceitas, como seus pais e o ambiente esperam que ele se comporte.
Uma relação primal adequada que protege, alimenta, aquece e contém a criança é estrutural para o desenvolvimento saudável da consciência, logo da auto-estima.
Experiências negativas nesta primeira fase comprometem a confiança da criança em si mesma e no mundo, esta relação primária negativa pode gerar problemas afetivos, insegurança, problemas da auto-estima entre outros.
Este sentimento de valor ou não que o indivíduo traz de sua infância interfere em seu destino e nas escolhas que fará. Até que mais tarde, esta pessoa possa rever as circunstâncias originais de sua vida e elaborá-las.
Durante o processo de psicoterapia, os relacionamentos primários são ativados na relação transferencial entre psicólogo e paciente.
A relação transferencial tem um caráter essencial para a terapia, o paciente tem uma tendência a projetar no psicoterapeuta a figura materna ou paterna e de buscar, através da psique do psicólogo, a função de auto-regulação. O analista é uma parte fundamental e indispensável no processo.
A compreensão empática do psicoterapeuta, aos poucos, permitirá que o medo de se expor será sendo minimizado e as feridas e aspectos sombrios possam ser cuidados. O acolhimento do psicólogo em relação a estes conteúdos permitirá que os padrões de interação vindos da infância sejam dissolvidos e novos padrões possam se estabelecer na vida adulta.
A partir da psicoterapia, o paciente pode rever seus conceitos sobre si mesmo, atualizar seus valores pessoais e estabelecer um novo padrão de interação com "o outro".
http://www.apsicologa.net.br/auto-estima.html

Dicas Ortográficas

 

 




 
 

 

 

 
 

 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mães superprotetoras deixam os filhos ansiosos, diz pesquisa

Quem tem filhos sabe que uma linha tênue separa o instinto de garantir a segurança das crianças e a superproteção. Mas, por mais difícil que seja, é preciso identificar de que lado deste muro você está, porque cuidado e proteção em excesso podem prejudicar o desenvolvimento do seu filho. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade Macquerie, na Austrália.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores avaliaram o comportamento de 200 crianças, com idades entre 3 e 4 anos, e de suas respectivas mães. Eles perguntaram a elas se permitiam que o filho escolhesse a própria roupa quando já era capaz e se os deixavam escolher os amigos para brincar, entre outras questões.
Todos voltaram a ser analisados cinco anos mais tarde. Os cientistas concluíram que os filhos de mães superprotetoras eram mais ansiosos do que as outras crianças. “A insegurança da mãe em relação ao futuro do filho e aos perigos inerentes à vida gera, sim, ansiedade na criança”, diz Vivien Bonafer Ponzoni, terapeuta, coordenadora do Núcleo de Psicodrama de Família da Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama.
 
Ok, toda mãe sente insegurança em relação ao futuro dos filhos e aos perigos do dia a dia. Isso é normal, mas se torna um problema quando os seus medos passam a interferir diretamente na vida da criança. Se deixá-lo brincar no parquinho do prédio ou ir à festa de um amigo, por exemplo, é um problema para você, então, é hora de procurar ajuda. Essa superproteção pode, sim, prejudicar o crescimento (e amadurecimento) do seu filho.
Dar autonomia a uma criança requer coragem porque você vai ter que controlar o próprio medo e incentivar que o seu filho faça aquilo que ainda não sabe, mas precisa aprender. “Se por um lado a sociedade conseguiu instruir as famílias a conduzirem melhor as crianças, por outro fez com que os pais se tornassem medrosos”, diz Diana Corso, psicanalista e autora de Fadas do Divã (Ed. Artmed). E esse medo cria um círculo vicioso. “A criança perde a possibilidade de acreditar que acreditam nela”.
Para Vivien, o medo e a ansiedade fora do comum só trazem prejuízos para a saúde psicológica das crianças. “Pode resultar em pouco rendimento escolar, baixa autoestima, inquietude, dificuldade de atenção e concentração nas tarefas, agressividade e muitos outros sintomas que a impedem de se desenvolver psicologicamente com segurança”, diz a especialista.
No estudo, foi constatado, ainda, que o risco da criança ser ansiosa é muito maior quando a mãe também sofre com esse problema. “A intenção da mãe ao proteger seu filho das frustrações e perigos revela muito mais de si mesma do que da necessidade da criança em ser amparada”, diz Viven. “Essa mãe precisa de muita atenção, seja por meio da escola, do companheiro ou até mesmo de um profissional para que ela aprenda a transformar os sentimentos de angústia em força e coragem. Desta maneira ela também poderá seguir sua vida e ser mais feliz”, completa. 
Veja como estimular a independência do seu filho por faixa etária:
- Até 3 anos: Se ele não quiser emprestar os brinquedos a um amigo, converse com seu filho, mas não entregue o brinquedo para a outra a criança. Ele precisa tomar a iniciativa de oferecê-lo e, assim, aprender
- 4 a 5 anos: Ele guarda os brinquedos, escolhe as roupas, escova os dentes, toma banho sozinho – mas você precisa checar se tudo ficou bem limpinho. Ele ainda pode ajudar você em pequenas tarefas domésticas, mas não vale fazer por ele.
- A partir de 6 anos: Ele já pode separar o material escolar e arrumar a mochila. Você só supervisiona.
Fonte: Revista Crescer - Por Nádia Mariano - Márcia Ferreira, psicóloga (SP)
 


 
 
 
 

Mães superprotetoras, segundo Içami Tiba



"A mãe superprotetora é aquela que poupa o filho de todo tipo de atividade que caberia a ele. Ela faz tudo em seu lugar: recolhe seus brinquedos, faz sua lição de casa... É aquela que não consegue enxergar que a criança cresce e lhe nega independência. É aquela que, provavelmente, vai concorrer com a futura nora, e acabará atrapalhando o casamento do filho", diz o especialista, ressaltando que não é apenas durante a infância dos filhos que muitas mães agem com excesso de proteção. "Até nas receitas médicas ela interfere. Recusa-se a seguir as orientações do médico por julgar que o remédio pode fazer mal ao filho".
Mesmo na escola, um local onde a maioria das crianças têm de assumir por si próprias suas responsabilidades, a mãe superprotetora não permite que a professora seja firme com seu filho. Sua interferência na rotina escolar, inclusive, é uma realidade que irrita os educadores. "Essas são o tipo de mãe que financiam a deseducação. Fazem os filhos gastarem energia para chorar e não para crescer. Querem adaptar o mundo para que o filho fique inalterado. O professor é errado, a escola é errada, o governo é errado, o mundo não é bom o suficiente para ele", diz Dr. Tiba. Os efeitos colaterais, ressalta o psiquiatra, são duros e podem ser percebidos quando o filho passa a se mostrar inseguro, ansioso, a não ter mais amigos, não render na escola. "A mãe superprotetora acaba reagindo de modo a não permitir que o filho lide com suas frustrações. Age para mostrar ao mundo que seu "bebê" é o máximo, enquanto, na verdade, a autoestima dele continua baixíssima. Se faz uma festa de arromba, é para exibir o filho. E este, em vez de amigos, começa a ganhar puxa-sacos".

O correto, alerta Dr. Tiba, é a mãe utilizar o bom senso. "Quando contrariada, em vez de agir imediatamente, ela deve procurar uma saída para que o próprio filho tenha de reagir. "Em atos simples como guardar brinquedos, por exemplo. Ela não deve tomar para si uma função que é dele, como se ela já não tivesse tarefas suficientes para cumprir como mãe, esposa e profissional".
Outro exemplo: quando um menino corre e bate a cabeça no móvel, abrindo um berreiro daqueles. "Em vez de pegá-lo no colo e dar uns tapinhas na mesa dizendo ‘feia... ah, ah, ah’, como se o móvel fosse o culpado, a mãe poderia dizer ‘a mesa estava parada filho, tome cuidado ao passar por aqui’.
Esta é uma forma, inclusive, de dosar a sensação de poder que acomete as crianças. "Superproteger é afirmar que os outros são sempre errados, menos o filho. Em futuros conflitos familiares, ele não pensará que os pais é que são ruins? Normalmente, quando o filho resolve ofender sua mãe verbalmente, é porque já pratica ofensas contra ela há muito tempo, mas de formas diversas".
Fonte: www.vilamulher.terra.com.br -  texto de  Adriana Cocco





 
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dicas de Português: "Chego" ou "Chegado"?

Fonte: http://www.facebook.com/#!/DicasDiariasdePortugues

Dicas de Português - Menor ou De menor?

 
 
 

Dicas de Português - A Gente ou Agente - junto ou separado?


Fonte: http://www.facebook.com/#!/DicasDiariasdePortugues

Dicas de Português - Em cima ou Encima?

 
A palavra “encima” vem do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Tem significado de “colocar em cima de”, “coroar”, “algo situado acima de”, “elevar”.
Observe:

1. O slogan criado encima (eleva) toda a campanha.
2. O gerente foi encimado (elevado a) diretor do departamento financeiro.

 Já a expressão “em cima” é um advérbio ou preposição e significa “na parte mais elevada”, “na parte superior”, “sobre”, e é antônimo de “embaixo”. Veja:

1. Esse livro estava em cima da cômoda ou embaixo?
2. Pode colocar em cima da mesa, por favor.